Destaques

Perdeu o timing

Estão causando espécie, notadamente nas hostes do MDB, as declarações do prefeito de Joinville, Udo Döhler, dando conta de que poderá renunciar ao cargo para estar apto a disputar o pleito majoritário estadual este ano.

Estranheza potencializada por dois fatores: Udo evitou as prévias, janela que foi aberta pelo presidente estadual do Manda Brasa, Mauro Mariani (também pré-candidato ao governo), que poderiam lhe dar alguma garantia sobre suas aspirações.

Caso tivesse  aceitado e inscrito seu nome na eleição interna antecipada, o alcaide não precisaria renunciar no escuro como vem examinando. Sua ausência inviabilizou a consulta prévia nas fileiras emedebistas.

O outro aspecto é que a renúncia de Udo guindaria o comandante Nelson Coelho, vice-prefeito, militar reformado, ao cargo de prefeito. Coelho é homem correto e de conduta ilibada. Mas trata-se de um ilustre desconhecido na política. Como seria essa transição? Estamos falando da maior e mais rica cidade catarinense!

Somando-se outros fatores ao contexto, nota-se claramente que o empresário Udo Döhler, desta feita, perdeu o timing.

Legítimo

Em tempo: a postulação de Udo Döhler é absolutamente legítima. Empresário extremamente bem sucedido e de conduta reta, homem sério, características que o levaram à eleição e depois à reeleição. O problema é que ele não se articulou internamente e, se renunciar mesmo, estará dando um salto rumo ao desconhecido.

Trio

Udo pode renunciar e estar apto a ser indicado pelo MDB o candidato ao governo do Estado. Mas não terá vida fácil nas fileiras partidárias. Além de Mauro Mariani, pré-candidato declarado desde 2017, o governador em exercício, Eduardo Moreira, também se movimenta claramente com vistas a buscar a reeleição (se Raimundo Colombo renunciar efetivamente).

Fato

Apesar de saber que não encontrará vida fácil na hipotética disputa para ser o nome do MDB em 2018, se Udo Döhler renunciar já estará gerando grande fato político. E, se conquistar o apoio do partido lá na frente, vai constituir-se no fato novo da eleição estadual.

Privilégios

Inacreditável a manifestação da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), convocando greve dos magistrados com data para 15 de março. Uma semana antes da votação, no STF, da ação que pede o fim do escorchante auxílio-moradia, pago a juízes e integrantes do Ministério Público mesmo que estes possuam casa própria na cidade onde atuam. Convencionou-se chamar o valor de R$ 4,3 mil mensais de “penduricalho.” Não é. É mais uma forma de tungar o dinheiro público.

Hipocrisia

Petistas de todas as esferas estão acostumados, está no DNA, a apontar o dedo, acusar, tumultuar, berrar, provocar, enfim. Mas quando são confrontados com fatos e argumentos sólidos, costumam se vitimizar, invertendo a situação. Daí passam ser vítima de ódio. Convenhamos. É muita cara-de-pau.

Em dia

Em entrevista ao SBT Meio-Dia, da qual o blogueiro participou (http://blogdoprisco.com.br/recursos-do-fundam-2-para-bancar-pacto-sc-sbt-meio-dia/)o novo secretário da Fazenda, Paulo Eli, garantiu que o salário do funcionalismo estadual não vai atrasar este ano. Mesmo com a folha tendo crescimento de R$ 650 milhões em 2018.

Mãos de tesoura

Eli também foi explícito. Haverá cortes financeiros drásticos em secretárias-meio (Planejamento, que ficará vinculado à Fazenda; e Turismo, que estará vinculada ao gabinete do governador). Em outras também certamente haverá cortes acentuados. Segundo ele, é a fórmula para garantir os investimentos em Saúde e Educação, por exemplo.

 

 

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