Nome que surgiu bem recentemente na política catarinense, o do empresário e hoje prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, vem ganhando corpo para futuros e promissores voos. E com um detalhe: tudo muito ao natural. Aliás, tudo a partir do lastro que ele já havia conquistado no setor privado e que passou a construir na seara pública.
Filho de agricultores, ele começou a vida na dura lida do campo, nas proximidades de Jaraguá do Sul, a cidade-pólo do Vale do Itapocu. A origem absolutamente humilde não impediu o jovem catarinense de trilhar o caminho do sucesso.
Sua primeira oportunidade fora da agricultura familiar foi uma bolsa de estudos no Colégio São Luis, concedida na gestão do então prefeito Victor Bauer, pai do ex-senador Paulo Bauer, lá na década de 1970.
Nas três décadas subsequentes, Lunelli só fez crescer, saindo de menino pobre e humilde camponês para se transformar num dos maiores empresários do Estado. Sem nunca ter participado da política, assinou repentinamente ficha no MDB, na metade do primeiro mandato de Luiz Henrique da Silveira.
Padrinho
Certa feita, lá em meados de sua primeira gestão, LHS chamou Lunelli para uma conversa reservada no Palácio Residencial, em Florianópolis. E entregou a ele uma ficha de filiação ao MDB, já devidamente abonada pelo próprio governador. O empresário assinou, mas seguiu a vida de muito trabalho por mais uma década, sem envolvimento direto com as lides políticas ou partidárias.
O militar
Até que, no início de 2016, Antídio Lunelli conheceu um militar ligado a Jair Bolsonaro, que à época ainda era deputado federal. Foi durante um evento com amigos em Jaraguá do Sul. Como ele sempre gostou de Bolsonaro, a conversa com o interlocutor em comum fluiu. Lá pelas tantas, o militar ligou para o parlamentar pelo Rio de Janeiro e colocou o catarinense em linha com Bolsonaro.
Amigo de Bolsonaro
Nascia ali uma amizade. Duas semanas depois, Lunelli foi recebido em Brasília (foto) no gabinete de Jair Bolsonaro, que estava na companhia do filho 02, Eduardo, e do jornalista Jailson Angeli. A partir dali, o empresário e o parlamentar carioca começaram a se comunicar, rotina que persiste apesar de o segundo ter conquistado a Presidência.
MDB e PP
Paralelamente, naqueles dias de 2016, Carlos Chiodini, então deputado estadual, estimulava Antídio a disputar a sucessão de Dieter Jansen, do PP, que tinha o MDB de vice no comando da prefeitura de Jaraguá. O acordo rezava que, no mandato seguinte, a ordem se inverteria. Foi o que ocorreu. O vice de Antídio é Udo Wagner, do PP.
Apoio
Em maio do ano seguinte, 2017, Jair Bolsonaro e o filho Eduardo foram a Jaraguá do Sul, ciceroneados pelo deputado Rogério Peninha Mendonça, correligionário de Antídio, que havia sido eleito prefeito no ano anterior. Os amigos foram à cidade do Norte bem no meio de uma grande greve enfrentada pelo chefe do Executivo Municipal. Batalha que acabou sendo um divisor de águas para sua profícua administração.
Chave de ouro
Mais de 10 anos depois de se filiar ao MDB, o hoje prefeito de Jaraguá estreou com o pé de direito na política, conquistando a prefeitura. Em uma cidade fora da curva, de eleitorado muito exigente em relação ao desempenho do seu prefeito. Tanto é assim que em Jaraguá do Sul não existe a cultura da reeleição.
Sequência
Na edição de amanhã, a coluna seguirá falando sobre a história de Antidio Lunelli, focando em suas ações na Prefeitura de Jaraguá do Sul e que estão tornando a cidade ainda mais competitiva, segura e atraente para trabalhadores e empreendedores