População destas cidades não pode contar com os serviços de emergência fundamentais para salvar vidas e evitar a perda de patrimônio O alerta foi feito pelo deputado estadual Matheus Cadorin (Novo – foto) durante a primeira sessão da nova legislatura na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. E o parlamentar conhece do assunto: durante oito anos ele esteve à frente da gestão do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville, a mais antiga instituição do gênero no Brasil, fundada em 1892.
“Este modelo precisa ser fortalecido e expandido para todo o Estado”, cobra Cadorin. Já na primeira sessão o deputado apresentou proposta para criação de uma Frente Parlamentar do Bombeiro Voluntário e Terceiro Setor, com o objetivo de aglutinar o apoio de mais deputados e organizar ações de defesa e fortalecimento dos bombeiros voluntários.
Além disso, a Frente vai incentivar a prática de ações voltadas para a responsabilidade social com a ajuda de voluntários. A proposta foi apresentada em conjunto com o também deputado estadual Dr. Vicente Caropreso (PSDB).
NA MAIOR CIDADE DO ESTADO, BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS SALVAM VIDAS
Em Joinville, a mais populosa cidade catarinense, são os bombeiros voluntários que prestam serviços gratuitos à comunidade no combate a incêndios; atendimentos pré-hospitalares; resgates veiculares, na montanha, aquático e em estruturas colapsadas. A instituição é formada por 1.700 pessoas entre brigadistas, efetivos, voluntários, bombeiros mirins e pessoal de apoio. Como reconhecimento pelo trabalho, nos últimos três anos o Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville foi eleito como uma das 100 melhores organizações não governamentais (ONGs) do Brasil.
Enquanto isso, diversos outros municípios do Estado seguem sem dispor de efetivo próprio. “Não é aceitável que 60% dos municípios de Santa Catarina não tenham bombeiro algum. Nada! Isso não pode continuar”, protesta o parlamentar, que complementa: “De um lado temos uma instituição que funciona e atende os cidadãos há 130 anos, com uma economia gigantesca de dinheiro para os cofres públicos. De outro, temos a população de cidades inteiras sem bombeiros. Está claro que o modelo voluntário precisa ser valorizado, respeitado e expandido”.
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