Manchete

Período de confabulações

Estamos exatamente há quatro meses do prazo fatal para as convenções homologatórias de 5 de agosto.
A data marcará o fim da pré-campanha eleitoral. Neste fim de semana, foi vencida a etapa das filiações, das transferências de endereço partidário e das desincompatibilizações. Ocorreu a renúncia de uma meia dúzia de prefeitos. Para concorrer em chapa majoritária, contudo, somente dois deles: Gean Loureiro, da Capital, que transferiu o comando Topázio Silveira Neto. Em Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli deixou o paço em mãos seguras. Assumiu o também empresário Jair Franzner.
Daqui até a campanha propriamente dita teremos um longo período. O pedido de voto, efetivamente, só pode ocorrer a partir 6 de agosto até 1º de outubro. O primeiro turno é em 2 de outubro.
É a partir de agora que os líderes e partidos vão buscar entendimentos, composições.
É um período longo, mas que promete ser rico em confabulações.

Quadro diluído

Temos no cenário estadual, falando a grosso modo, sete grandes candidatos: Jorginho Mello, Esperidião Amin, Raimundo Colombo, Gean Loureiro, Moisés da Silva, Antídio Lunelli e a turma canhota. Seis de um lado e as oito siglas de esquerda do outro.

Cenários

Deste total, devem sobrar de três a quatro cabeças de chapa. Se ficarem três, é muito provável que dois não-esquerdistas estejam no segundo turno.
A partir de uma quarta composição, corre-se o risco de a esquerda se assanhar a buscar uma vaga no round final. Com seus 25%, um pouco mais dependendo do momento, a canhotada poderia sonhar em chegar à decisão majoritária.

Percentual

Caso fiquem quatro de um lado e as esquerdas, considerando-se que as chapas façam votações não muito distantes umas das outras, das quatro ou cinco que ficarem, tendo votações semelhantes, este percentual esquerdista pode ser suficiente para o segundo turno.

Senado

As informações que chegam dão conta de que após a desistência de Luciano Hang, Dário Berger ficou com os olhos brilhando para tentar novo mandato no Senado.

Pé nas costas

Se o dono da Havan disputasse, conquistaria a vaga até com certa facilidade. Berger estava se assanhando para o governo na cabeça da tal frente comuno-socialista.

Amigos do peito

Para o caso Lula da Silva preservar sua candidatura, o que a coluna não acredita, Décio Lima é o candidato natural. Não só pela questão partidária, mas é compadre, é amigo, íntimo do ex-mito.

Mesma língua

Outro ponto: Décio se identifica com o eleitorado de esquerda. Não é o caso, naturalmente, de Dário Berger. O mesmo vale para Gelson Merisio.
Jorge Boeira até seria mais palatável do ponto de vista ideológico. Ele já foi filiado ao PT.

Poucas vagas

São oito partidos para três posições na majoritária. Com estes quatro nomes: Décio, Boeira, Dário e Merisio.

Projeções

Ainda é muito cedo pra fazer previsão. Caso Raimundo Colombo não esteja com Esperidião Amin, estará com Gean Loureiro. A preferência de Julio Garcia, Eron Giordani e João Rodrigues é pelo ex-prefeito da Capital. Como não conseguiram viabilizar o alcaide de plantão em Chapecó, eles não têm como se opor abertamente a Raimundo Colombo. O ex-governador praticou o gesto na direção deste grupo pessedista.

Está no DNA

Nos bastidores, podendo, eles vão conspirar contra o ex-governador e a favor de Gean Loureiro. Não resta a menor dúvida.

Patrão

Raimundo Colombo tem o apoio de Gilberto Kassab, que ainda não encontrou um nome para a presidência pelo seu PSD depois de duas desistências. Rodrigo Pacheco e Eduardo Leite pularam fora.

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