O futuro eleitoral do senador Paulo Bauer (PSDB) está nas mãos do relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin. Está com ele o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para abrir inquérito acerca da suposta prática de caixa 2 na eleição de 2014, quando o tucano disputou o governo do Estado.
Segundo delação do ex-executivo Nelson José de Mello, o catarinense teria sido beneficiado com R$ 11,5 milhões irregularmente naquele pleito através da empresa Hypermarcas.
O senador vem negando veementemente a denúncia. No seu despacho, a PGR cita indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O assunto foi alvo de comentário do blogueiro no SBT Meio Dia desta terça-feira, 15. Assista pelo https://www.blogdoprisco.com.br/pgr-pede-abertura-de-inquerito-contra-bauer-sbt-meio-dia/
O esquema, ainda de acordo com o delator Mello, que deu as informações que originaram um inquérito já aberto contra o presidente do Senado, Eunício Oliveira, do MDB, se valia de contratos fictícios com empresas que nunca teriam prestado os serviços. Serviam apenas para repassar os recursos do Caixa 2. A PGR cita que haveriam sido firmados contratos com um escritório de advocacia de Florianópolis, uma empresa de engenharia de Joinville e um instituto de pesquisas no Paraná.
Fachin, que ainda não decidiu se libera a instauração do inquérito, autorizou a investigação em desfavor de Bauer em março deste ano. O futuro político do senador, que começou o ano como favorito ao pleito deste ano na bolsas de apostas estadual, está na corda bamba.