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Picuinha com Blumenau

O governo do estado está de costas para Blumenau. Literalmente. Na sexta-feira passada, o governador foi à terceira maior cidade de Santa Catarina, aonde cumpriu uma extensa agenda. E ignorou olimpicamente o prefeito Mário Hildebrandt.
Moisés da Silva esteve na Associação Comercial e industrial de Blumenau (Acib), na Furb e almoçou com o ex-prefeito Napoleão Bernardes, do PSD, embora não tivesse tido tempo para ir até a prefeitura. Com Napoleão, muito provavelmente se vislumbre a possibilidade de uma composição em 2022. Pelo PSD, o nome de João Rodrigues já foi lembrado, por exemplo, para a vice de Moisés.
Hildebrandt só foi convidado a comparecer na Acib. Ali, o protocolo foi quebrado. O prefeito sempre é o penúltimo a falar em eventos desta natureza, antes do governador. Entre a fala do alcaide e a de Moisés, houve o pronunciamento de deputados aliados ao governo do estado, entre eles a de Ricardo Alba, aliado de Moisés. Deselegante, no mínimo.

Barrado

O mais grave, contudo, foi na Furb, que é uma universidade municipal. Mário Hildebrandt sequer foi convidado.

Fator Schuster

Isso tudo será porque Laércio Schuster votou pela cassação de Moisés da Silva? Schuster é próximo do prefeito blumenauense, o que, particularmente não é nenhum crime. O parlamentar, aliás, está de malas prontas para ingressar no Podemos, partido de Hildebrandt.
Mas como diria o filósofo de Biguaçu, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Alô, alô

Num gesto claro de que não mistura as coisas, pouco antes da votação do segundo impeachment, o prefeito contactou Eron Giordani e sinalizou que talvez o governo não tivesse os votos necessários para evitar o segundo afastamento de Moisés da Silva. Foi uma dica muito clara de que o voto de Schuster não seria a favor do governo.

Conta pesada
Apesar disso, o Centro Administrativo, equivocadamente, parece ter elegido Mário Hildebrandt de adversário. E quem paga a conta da picuinha? O povo de Blumenau e a região do Vale do Itajaí.

Só alegria

Como contraste, registre-se que, a partir de quarta-feira até sábado, o governo de Santa Catarina vai se transferir para Chapecó. Serão quatro dias de agenda carregada, com a liberação de R$ 250 milhões e sintonia com o prefeito João Rodrigues.
A expectativa é de que 15 deputados participem. É aquela velha e carcomida máxima: aos amigos, tudo. Aos inimigos, nada.

foto>Julio Cavalheiro, Secom

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