A grande notícia do fim de semana foi a impossibilidade de Dilma Rousseff ir a Rio do Sul, região mais atingida pela chuvarada de outubro, em função do mau tempo. Ela esteve em Santa Catarina, mas não saiu do Aeroporto Hercílio Luz, onde conversou com Raimundo Colombo por uma hora. O staff da ex-mãe do PAC alegou faltou de segurança. Beleza. E provavelmente se ela tivesse ido à Capital do Vale, em termos práticos não faria a menor diferença para os catarinenses.
Explica-se. No dia 27 de abril, Dilma veio ao Estado. Sobrevoou Xanxerê e Ponte Serrada, cidades duramente atingidas por tornados. Ante a grande destruição, a presidente até conseguiu fazer um discurso com alguma emoção. E prometeu recursos, ajuda, apoio, auxílio etc. e tal. E ficou nisso. Conversa mole. Logo em seguida, a reaparelhada e competente Secretaria de Defesa Civil do Estado mandou detalhado relatório dos estragos ao Ministério da Integração Nacional. Trinta cidades do Oeste e Meio-Oeste sofreram com a fúria do tempo.
Muitas contas foram feitas e chegou-se à conclusão que os 30 municípios precisariam de R$ 21,6 milhões (quase nada diante dos bilhões roubados da Petrobrás) para a reconstrução. Seis meses depois, pouco mais de 10% do total, ou R$ 2,8 milhões, para sermos mais precisos, foram liberados. Mais um deboche federal com Santa Catarina, um dos Estados mais organizados e saneados da federação. Até quando?
Balela
No aeroporto da Capital, a figura decorativa que atende pelo nome de Dilma Rousseff, ladeada por alguns dos ministros inexpressivos, Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência) e Gilberto Occhi (Integração Nacional), prometeu a liberação de recursos para os milhares de catarinenses atingidos pela chuvarada. Podem esperar, sentados!
Mobilização
Secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hóbus, está preocupado com o descaso do governo federal. Além de insistir na liberação de mais recursos para o desastre do primeiro semestre, ele também está pedindo que os valores prometidos para obras de contenção de cheias em Santa Catarina não sejam cortados do Orçamento. Com um detalhe, o Vale do Itajaí necessita da construção de sete barragens, além de ações de melhoria nos rios da região.
Contraponto
Talvez a sorte de Santa Catarina, completamente desprezada por Brasília, esteja no novo momento da Defesa Civil. O órgão foi completamente reestruturado e hoje tem gestão que se assemelha à iniciativa privada. Obra do competente empresário Milton Hobus, que tem o respaldo do governador Raimundo Colombo.
Agilidade
No governo, é reconhecida a agilidade de Milton Hobus e a revolução ocorrida na Defesa Civil, pasta cada vez mais relevante para Santa Catarina.
Gaeco indicia 24
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Itajaí concluiu e protocolou nesta sexta-feira, no Fórum da Comarca, o inquérito resultante da Operação Dupla Face. O documento indicia 24 pessoas, 14 delas agentes públicos.
Corrupção às pampas
O inquérito aponta a ocorrência dos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa, crimes contra o meio ambiente, advocacia administrativa, prevaricação e lavagem de dinheiro, cometidos, no total, 123 vezes pelos indiciados.