Pizzolatti coloca Santa Catarina na Lava-Jato
Depois de ter frequentado o noticiário nacional e estadual como um dos suspeitos de ser o operador do mensalão pelo PP, o ex-deputado federal João Alberto Pizzolatti colocou Santa Catarina na trilha das investigações da Operação Lava-Jato. Dos cinco mandados de busca e apreensão expedidos para Santa Catarina no âmbito da Operação Politeia, ontem, um desdobramento da Lava-Jato; dois levaram agentes a um sítio do progressita em Pomerode e também ao seu apartamento em Balneário Camboriú. Documentos, computadores, celulares e até uma arma foram apreendidos. Os mandados partiram do STF, tendo outro catarinense, Teori Zavascki, como co-autor dos despachos ao lado de Celso de Mello e Ricardo Lewandosky.
João Pizzolatti é suspeito de ocultação de bens, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha. Não é de hoje que o catarinense tem problemas com o Judiciário. Em 2010, o registro de sua candidatura a deputado federal foi cassado. Ele disputou mesmo assim, conquistou o número de votos necessários, mas só assumiu no segundo semestre de 2011, depois de uma vitória no TSE.
A ficha
Pizzolatti também foi considerado ficha-suja pelo STF e desistiu de concorrer em 2014. Hoje, ele é secretário de Estado em Roraima. E agora coloca Santa Catarina no circuito, Estado que estava passando incólume, naquele que tem tudo para ser o maio escândalo político da história: a roubalheira na Petrobras.
Segmento
A operação da PF em Santa Catarina visou a assegurar provas importantes nas investigações acerca de irregularidades em contratos com empresas de transportes e a Petrobras.
Truculência
João Pizzolatti declarou que a ação da PF em suas propriedades foi “truculenta.” Ele só está esquecendo que continua filiado ao PP, embora não mais integrando o diretório e a Executiva. Essa operação de ontem é mais um golpe no PP, até porque o presidente nacional, senador Ciro Nogueira, também “estrelou” mais este capítulo das investigações.
Bauer não disputa Joinville
A interlocutores privilegiados, o senador Paulo Bauer já está avisando que não existe a menor possibilidade dele disputar a prefeitura de Joinville em 2016. O tucano considera que ficaria fora do circuito estadual. Significa que o foco de Bauer é mesmo 2018.
Contexto
Com Paulo Bauer fora da disputa em Joinville, quem se fortalece é o deputado Darci de Matos. Até porque o prefeito Udo Döhler está em sérias adversidades administrativas e políticas.
Bronca
Ainda presidente em exercício da Alesc, o deputado Aldo Schneider (PMDB) recebeu, ontem, a bancada de deputados estaduais do PT, e o secretário Nelson Serpa (Casa Civil) e o líder do governo na Assembleia, Silvio Dreveck (PP). Os petistas estão estranhando a não liberação de recursos do Fundam a prefeituras administradas pela legenda.
Gratidão
Aldo Schneider também recebeu a visita do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Nelson Schaefer Martins . O magistrado foi ao Parlamento agradecer a retirada da emenda à LDO que mexia no duodécimo dos poderes. Schaefer foi acompanhado de vários desembargadores.
Pauta
O projeto de fusão das agências reguladoras do Estado deve ser votado nesta quarta-feira na Assembleia Legislativa. É o primeiro da série “fatiada” da reforma administrativa de Raimundo Colombo. Já a proposta que transforma as SDR’s em agências de desenvolvimento vai ficar para o segundo semestre.