Depois da filiação de quatro prefeitos nesta terça-feira (7), em Brasília, com direito à bênção de Jair Bolsonaro, Jorginho Mello filiará, ainda esta semana (provavelmente nesta quinta-feira), o prefeito de Caçador, Alencar Mendes.
Na Capital Federal, assinaram ficha no Partido Liberal os mandatários Eduardo Freccia (Palhoça), André Vechi (Brusque – cuja mudança de sigla foi acertada antes das eleições suplementares desse ano na cidade), Juliana Maciel (Canoinhas) e Oscar Martarello (Xanxerê).
São cinco municípios importantes e estratégicos em suas regiões. Depois de um período de reforço nas fileiras do PSD, o governador reage e filia prefeitos em bloco. O PL se aproxima dos 50 alcaides em Santa Catarina, já rivalizando com os pessedistas, que serão os grandes adversários de Jorginho e do PL em 2026.
As duas siglas estão numa disputa acirrada por prefeitos. Evidentemente o fator Bolsonaro tem pesado nesta atração de novas lideranças ao PL catarinense.
Definhando
Por outro lado, quem está no módulo perde-perde (observando prefeitos baterem asas para o PL ou para o PSD) é o PSDB. Nesta leva de Brasília, o ninho deu baixa em mais dois prefeitos: Oscar Martarello e Juliana Maciel.
Só baixas
Recentemente a sigla comandada pelo deputado Marcos Vieira já havia perdido André Moser, de Indaial, também para o PL.
Quarteto
No ato de filiação dos quatro prefeitos em Brasília, além de Bolsonaro e Jorginho, marcaram presença Waldemar da Costa Neto e a deputada federal Caroline De Toni.
Fila anda
Aliás, entre os seis federais do partido por Santa Catarina, somente Carol compareceu. Mais um sinal claro de que ela é o nome natural para eventual eleição suplementar ao Senado em Santa Catarina caso o TSE casse o mandato de Jorge Seif. No TRE-SC ele foi absolvido.
Carol e Ana
Outro nome especulado, Ana Campagnolo, declarou ao blog que seu apoio é para Carol De Toni se houver novo pleito à Câmara Alta.
Merisio sinaliza
Mais um aspecto: o prefeito de Xanxerê, Oscar Martarello, que era filiado ao PSDB, partido pelo qual se elegeu na época em que Gelson Merisio ainda estava nas fileiras tucanas.
A cidade é a base política original do ex-deputado. Merisio ajudou o PT catarinense em 2022 e agora estaria flertando com o PP. Mas, de fato mesmo, encaminhou o prefeito de sua cidade para o Partido Liberal, considerando sua aproximação com Jorginho Mello.
Seif absolvido
O plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) rejeitou, por unanimidade, sete votos a zero, o pedido de cassação do mandato do senador Jorge Seif na sessão do pleno que terminou nesta terça-feira, 7, à noite.
Goleada
Ocorre que a votação ficou em 5 a 2 quanto à acusação do suposto crime de abuso do poder econômico, que envolve o empresário Luciano Hang e a Havan.
É neste ponto que o TSE deve se apegar, considerando-se que se trata de uma corte capciosa, tendenciosa, militante.
Lupa
A defesa de Seif, a cargo do advogado Juliano Cavalcanti, vai aguardar a publicação do acórdão para se inteirar do posicionamento de cada desembargador nas três situações distintas que envolvem o processo.
Embargo
Acerca da questão do suposto abuso de poder econômico, Cavalcanti adianta que o voto da relatora foi vencido (5 a 2 a favor de Seif) e que se esse ponto não for detalhado no acórdão, ele pedirá o embargo da publicação. Noutro questionamento, o placar foi de quatro a três, também favorável ao senador.
Incógnita
Juliano Cavalcanti se mostra animado em relação ao julgamento no TSE. Acredita num julgamento técnico e salienta que alguns votos de desembargadores catarinenses deixaram muito claras as diferenças entre os processos do ex-prefeito de Brusque, sede da Havan, Ari Vequi – cassado pelo TSE – e a ação contra Jorge Seif.
Os autores da ação em Santa Catarina já anunciaram que vão recorrer da decisão do TRE.