O senador Jorginho Mello (PL) ficou mais esperançoso em relação ao apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ao seu projeto de disputar o Governo do Estado. Isso porque em Brasília, uma forte articulação colocou Bolsonaro, hoje, mais próximo de assinar a filiação no Partido Liberal do que no Progressistas.
Na quarta-feira da semana passada, Jorginho participou de um jantar promovido pelo senador do Mato Grosso, Wellington Fagundes (PL). À mesa estavam o presidente nacional dos liberais, Valdemar da Costa Neto, além de outros integrantes do partido, a exemplo do senador pelo Rio de Janeiro, Carlos Portinho, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, parlamentar pelo estado do Amazonas, e a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda. Representando Bolsonaro, foi a deputada do Distrito Federal, Bia Kicis (PSL). O entendimento é de que o presidente terá mais liberdade, inclusive, para indicar os candidatos aos governos estaduais e ao Senado.
O fato é que a reação promete ser forte no Progressistas. Se uma ala comemorou a possibilidade da família Bolsonaro e seus seguidores, não se filiarem ao partido, na outra, a um sentimento de irritação com a indecisão do presidente. Ontem mesmo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressista), apoiador de primeira hora do governo, afirmou categoricamente que Bolsonaro deve pagar, por propagar informação sem fundamento científico. Lira se referia a fala do presidente de que vacinados estariam contraindo HIV.
O fato é que Jorginho Mello acompanha de perto as conversas e, tem tido voz ativa no grupo formado para levar Bolsonaro para o Partido Liberal. Se isso acontecer, o mesmo efeito previsto para o Progressistas de Santa Catarina, que teria o seu candidato ao Governo do Estado turbinado, acontecerá no PL, ou melhor, diretamente em Jorginho Mello. Isso se explica da seguinte forma: Bolsonaro tem perdido musculatura em várias regiões do país, terá uma eleição difícil, mas ao mesmo tempo, segue forte em Santa Catarina ao ponto de impulsionar qualquer candidato que ele venha a apoiar.
foto de capa> Jorginho e Valdemar com Léo Índio, primo dos filhos de Bolsonaro -f otos>divulgação