Coluna do dia

Placar apertado

O longo julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE vai entrar por esta sexta-feira. De tudo o que já  foi dito e argumentado, depreende-se que o relator, ministro Hermann Benjamin, vai pedir a cassação da petista e do pemedebista.

Também já está claro que dois ministros da corte eleitoral que também integram o STF, Luiz Fux e Rosa Weber, devem acompanhar o relator, totalizando três votos contra a chapa.

O ministro revisor do processo, Napoleão Maia Filho, votará pela retirada das delações dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, e do próprio Marcelo Odebrecht, dos autos. Essa é a estratégia do governo para fulminar o relatório de Benjamin e salvar a pele do atual presidente.

Neste contexto, tudo leva a crer que os outros dois ministros do TSE (Admar Gonzaga Neto e Tarcisio Vieira Neto), nomeados recentemente por Michel Temer, acompanharão o revisor.

O placar então ficaria três a três, forçando o presidente do tribunal, Gilmar Mendes, a votar. Como é público e notório, a tendência é ele se posicionar a favor dos interesses do Planalto, proporcionando sobrevida a Temer.

 

Conteúdo

Importante registrar que o julgamento está tomando um viés nitidamente político. Muito embora o relatório de Hermann Benjamin esteja muito bem fundamentado. É abundante em argumentos favoráveis à degola de Michel Temer e à perda dos direitos políticos de Dilma Rousseff.

 

Todo vapor

O presidente segue articulando politicamente a toda velocidade. Recebeu esta semana o ex-deputado Roberto Jefferson. O PTB está fechado com o governo. Maravilha. Já o PSDB segue claudicando e emitindo sinais confusos.

 

Ajuda aos universitários

O senador Tasso Jereissatti, presidente do tucanato, decidiu que a permanência ou não do partido na gestão Temer não será decidida apenas pelas bancadas na Câmara e no Senado. Os presidentes dos diretórios estaduais do PSDB serão chamados para ajudar na definição do rumo logo após à deliberação no TSE. Isso se Temer realmente não for para a guilhotina.

 

Campo minado

Nas entrelinhas do julgamento no TSE, é possível ler que novas revelações podem fragilizar ainda mais o presidente da República. Especialmente se o MPF fechar delações premiadas com o notório suplente de deputado e homem da mala nas horas vagas, Rodrigo Rocha Loures; e do doleiro Lúcio Funaro.

 

Folha de pagamento

Rocha Loures pode, entre outras coisas, confirmar que os R$ 500 mil da mala que ele pegou da JBS, era a parcela mensal de uma “contribuição” que duraria por 20 anos em favor de Temer. Todos os meses, meio milhão irrigariam as contas do presidente? Loures tem a resposta.

 

Endereço

Aliás, o já notório homem da mala esta na iminência de ser colocado no Complexo Penitenciário da Papuda. Dividiria uma cela de 25 metros quadrados com até oito presos. Será que ele aguenta?

 

Salvador da pátria

A economia, com o brio dos empresários, aliado à experiência e firmeza na condução da equipe econômica, está, literalmente, salvando a pátria.

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