Na sexta-feira, a sociedade brasileira foi surpreendia pela votação do Congresso Nacional que aprovou o escandaloso, escorchante, vergonhoso aumento do Fundão Eleitoral.
Sessão Parlamentar na sexta-feira já é algo raro, raríssimo. No apagar das luzes, então, é algo quase inimaginável.
O motivo, no entanto, foi “nobre.” As nobres excelências, num “esforço conjunto”, quase triplicaram o Fundão Eleitoral, que será irrigado com o dinheiro dos impostos chegando a R$ 5,7 bilhões.
O placar de Santa Catarina foi também uma vergonha. Dos 19 congressistas estaduais, nove votaram pela manutenção do veto presidencial – Jair Bolsonaro não endossou a proposta aprovada na Câmara e no Senado: Jorginho Mello (senador) e os deputados (as) Carmen Zanotto, Caroline De Toni, Coronel Armando, Daniel Freitas, Geovania de Sá, Ricardo Guidi, Gilson Marques e Rodrigo Coelho.
Este grupo merece um voto de confiança dos catarinenses. Tiveram vergonha na cara.
Lista escandalosa
Os outros dez parlamentares que atuam em Brasília eleitos por Santa Catarina envergonharam a sociedade estadual.
Os deputados Hélio Costa e Rogério Peninha Mendonça buscaram o tapume do muro, não votaram, não se posicionaram. Isso é pior do que votar pelo aumento.
Decepção
Esperidião Amin surpreendeu negativamente. Um homem honrado, inteligente, ao contrário do outro senador, Dário Berger, de quem não se esperava outra coisa a não ser aprovar mais este butim ao bolso do contribuinte.
Anote, leitor
Os outros da lista da vergonha são Angela Amin, Carlos Chiodini, Celso Maldaner, Darci de Matos, Fábio Schiochet e Pedro Uczai.
O eleitorado precisa registrar estes nomes. Não são dignos de levar o voto de catarinenses honrados e sérios.
Reação contundente
Merecem aplausos as várias entidades empresariais de Santa Catarina que se manifestaram contra as farras do governo estadual e do Congresso Nacional no vergonhoso episódio de aumento do Fundão Eleitoral. A nota mais contundente, no entanto, foi subscrita pelo presidente da ACIF, Rodrigo Rossoni.
Tapa na cara
“Sem alarde, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina e o governo estadual tentam aprovar 31 matérias em benefício de servidores do Estado. Um impacto que deve superar R$ 1 bilhão ao ano! Mais uma vez, os cidadãos catarinenses pagarão por uma conta que não condiz com suas realidades – criada em prol de uns poucos, que parecem viver à margem da crise em que amarga o país. São novos cargos e órgãos, mais benefícios e aumentos salariais,” assinala Rodrigo Rossoni.
Disneylândia
“A Associação Empresarial de Florianópolis (ACIF), que representa um universo de 4 mil micro e pequenos empreendedores da Capital, geradores de mais de 30 mil postos de trabalho, está unida a todos que querem pagar menos impostos no supermercado e no posto de gasolina de cada dia, conclamando a sociedade para que não fique à mercê dos interesses eleitoreiros.
Esta atitude é completamente incondizente com o cenário econômico, mais que adverso. Ainda mais sem qualquer discussão junto à sociedade, o que torna a iniciativa uma traição ao povo catarinense,” asseverou o empresário.