Coluna do dia

PMDB na berlinda

PMDB na berlinda

A nova operação desencadeada pela Polícia Federal ontem, batizada de Catilinárias, e que é um desdobramento da Lava Jato, atinge em cheio do núcleo duro do PMDB. De quebra, de parte do governo federal também.

Além do presidente da Câmara, Eduardo Cunha – que não tem menor condição ética e política para permanecer onde está – os federais cumpriram mandados de busca e apreensão em residências e locais de trabalho de dois senadores e dois ministros do Manda Brasa.

Além disso, entraram na linha de tira os deputados federais Aníbal Gomes (PMDB-CE), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Aureo (SD-RJ). Os ministros são Celso Pansera (PMDB-RJ), este ligado a Cunha, de Ciência e Tecnologia; e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), do Turismo. O prefeito de Nova Iguaçu e ex-deputado Nelson Bornier (PMDB), aliado de Cunha, também foi alvo da ação. Outro mandado foi cumprido na sede do PMDB em Alagoas (onde quem reina é Renan Calheiros), relacionado ao inquérito do senador Fernando Collor (PTB-AL).

Os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) também foram alvos da operação desta terça. Ou seja, o pente-fino pega Cunha, atinge Renan Calheiros e raspa as barbas do vice-presidente Michel Temer, acusado por setores do PT de articular, na surdina, o impeachment de Dilma Rousseff.

 

 

 

 

Reação

O nome dado à operação, Catilinárias, deixa transparecer que o bombardeio em cima do PMDB tem o dedo do PT e do núcleo do governo Dilma. Catilinárias foi uma série de quatro discursos do celébre orador e cônsul romano Cícero, que acusava o senador Catilina de conspirar para derrubar o governo republicano!

 

 

 

 

A história ensina

Atolado até o pescoço na Operação Lava Jato, Eduardo Cunha autorizou, na semana passada, a abertura de processo de impeachmet contra a presidente petista.

 

 

 

 

Cautela

Presidente estadual do PMDB e coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, o deputado federal Mauro Mariani, em contato com a coluna, mostrou-se cauteloso.  Ponderou, contudo, que as instituições estão funcionando e que a queda de Eduardo Cunha, se ocorrer, acelera o processo de impeachment de Dilma Rousseff.

 

 

 

SC fora

Ele também assinalou que se ficar comprovado que peemedebistas cometeram ilícitos, eles terão que responder pela via legal e que todas suspeitas devem ser investigadas, independentemente da questão partidária. Mauro Mariani frisou, ainda, que o PMDB de Santa Catarina está fora do alcance da Operação Catilinárias.

 

 

 

Protagonismo

Mauro Mariani tem sido um dos protagonistas do PMDB na Câmara. Teve participação decisiva para a degola de Leonardo Picciani da liderança do partido, já que o correligionário estava trocando votos contra o impeachment por espaços preciosos na esplanada.

 

 

 

 

A reação

Foi quente a sessão de segunda-feira do pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Houve fortes reações a projeto aprovado pela Assembleia e que, segundo conselheiros da corte de contas, fere a autonomia do órgão. O pleno aprovou o envio de um ofício ao governador Raimundo Colombo, solicitando veto integral à proposta.

 

 

 

 

Guerra

A questão toda deixa transparecer que a Alesc quis dar o troco ao TCE, que tem liberado conteúdos de auditorias que colocam o Parlamento sob suspeição. Evidentemente que nesta guerra, a sociedade não encontra nenhum benefício.

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