Coluna do dia

PMDB quer Alesc

PMDB quer Alesc

Oficialmente, o encontro da bancada estadual do PMDB com o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, quarta-feira à noite, teve como objetivo analisar o novo cenário político a partir da posse do correligionário Michel Temer como presidente interino; e também debater ações para as eleições municipais deste ano. Beleza. Mas o grande tema do encontro do Manda Brasa foram as tratativas para a presidência da Assembleia. A eleição será em fevereiro do ano que vem. O PMDB está indignado com as incansáveis articulações do atual comandante do Legislativo, Gelson Merísio (PSD). O deputado costura para que o novo mandato à frente da Casa seja dividido entre PP e PSDB. Um ano para cada.

Para assegurar este encaminhamento, Merísio também tem gasto muita saliva com os partidos menores. O projeto está adiantado, irritando e muito o Manda Brasa. Durante a reunião com Moreira, a turma decidiu que vai pra cima de Raimundo Colombo. O PMDB, dizem seus próceres, não abrirá mão de comandar a Assembleia no biênio 2017-2018. Um cenário que ainda promete muitas emoções.

 

Holofote

Deputado Leonel Pavan, ex-governador (em mandato-tampão) e ex-senador,  compareceu à sessão de admissibilidade do impeachment no Senado. Sentou praça ao lado de Antônio Anastasia, o notório relator, e correligionário do catarinense, do processo na Câmara Alta. E por várias vezes foi flagrado pelas câmeras.

 

Mesma base

Mas Pavan apareceu muito menos do que o suplente de deputado Fabrício Oliveira (PSB), que ficou horas ao lado do microfone onde os deputados anunciavam o voto durante a sessão da Câmara, em abril. Coincidência ou não, Pavan e Oliveira têm base eleitoral em Balneário Camboriú.

 

PSB fora

Conforme a coluna já antecipou, em Joinville já se fala abertamente na possibilidade de o PSB deixar a aliança com o prefeito Udo Döhler para compor chapa junto ao PSD de Darci de Matos. Movimento que não se restringe à retribuição das costuras em Criciúma, onde os pessedistas podem apoiar e até mesmo formar a chapa do deputado estadual Cleiton Salvaro, pré-candidato a prefeito.

 

Prato frio

Outro componente pesa neste quadro: o fato de o PMDB estadual ter tirado Volnei Morastoni do PT para lança-lo em Itajaí. Justamente na cidade onde o presidente estadual do PSB, Paulo Bornhausen, planejava disputar o pleito. Paulinho não digeriu a manobra e pode dar o troco em Joinvile.

 

Ivete pode ser convidada para ser vice de Udo em Joinville

Uma vez concretizado o desembarque do PSB, possiblidade admitida até mesmo pelo vice-prefeito, Rodrigo Coelho, Udo Döhler projeta o lançamento de chapa pura na maior cidade do Estado. Para vice, Döhler poderia convidar a ex-primeira dama do Estado, Ivete Appel da Silveira. Seria uma forma de vincular o projeto à imagem do ex-senador e ex-governador Luiz Henrique da Silveira, falecido há um ano. O problema é que dificilmente ela aceitará.

 

Consistente

O discurso de estreia do presidente interino, Michel Temer. Concatenado, com raciocínio lógico e cristalino, ele embasou toda a manifestação na necessidade de retomada da confiança. De salvação nacional, de honrar compromissos, de cortar gastos e diminuir a máquina, atacando a inflação e o desemprego. Tudo sem mexer nos direitos sociais adquiridos. Inclusive o controverso, Bolsa-Família , pra dizer o mínimo.

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