O deputado federal Mauro Mariani, presidente do PMDB de SC, o primeiro do Brasil a desembarcar oficialmente do Governo Federal, participa nesta terça-feira, às 15h, de reunião da Executiva Nacional do PMDB, que irá discutir o desembarque total. O evento, que ocorre em Brasília, tem tudo para resultar em uma decisão majoritária pelo afastamento do governo da presidente Dilma Rousseff, segundo Mariani. “A sinalização de rompimento do Rio de Janeiro e também de Minas, seguindo Santa Catarina, fortalece ainda mais o caminho pelo desembarque”, destacou o presidente. Os ministros que não quiserem deixar seus cargos serão desfiliados, alertou Mariani. O vice-governador Eduardo Pinho Moreira também estará em Brasília nessa terça-feira. Ele não faz parte da Executiva Nacional, mas pretende acompanhar os desdobramentos, pois também defende o rompimento. O argumento para a saída do governo será de que a presidente Dilma Rousseff não é capaz de liderar um movimento para tirar o país da crise. Segundo bastidores, apenas 10 de um total de 127 membros do diretório nacional do partido estariam com o Governo Federal. Na avaliação de uma das fontes peemedebistas, dos sete ministros -Eduardo Braga (Minas e Energia), Hélder Barbalho (Portos), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Mauro Lopes (Aviação Civil), Kátia Abreu (Agricultura), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde)- os três últimos são os que mais teriam tendência a ficar no governo, mesmo sob ameaça de expulsão do partido.
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Legenda: Mariani durante a Convenção Nacional do PMDB, quando o partido catarinense foi o primeiro a colocar os cargos federais à disposição