Já abordamos neste espaço que, até o dia 6 de abril, data em que o prazo para filiações e transferências partidárias expira, poderíamos ter novidades em relação aos prefeitos de grandes cidades. Esses prefeitos, que já não podem mais se reeleger, mas que desempenham um papel estratégico, poderiam estar se retirando. Questiona-se se cumprirão ou se vão cumprir um papel estratégico no processo eleitoral. Alguns, inclusive, buscam a reeleição, mas essa questão não se limita apenas aos nomes dos candidatos ou àqueles que poderiam provocar mudanças no tabuleiro das eleições municipais, com reflexos em 2026.
O prazo até 6 de abril é destinado a transferências e filiações, agora estendendo-se até o final do ano e, talvez, até mais cedo. Temos tudo para acompanhar as mudanças de direção de comando, seguindo os encaminhamentos práticos relacionados a essas movimentações em alguns partidos.
Dupla
Citaremos dois deles: Podemos e Republicanos, pois nessas duas frentes temos situações instáveis. Primeiramente, o Republicanos estão sob a liderança do ex-governador Carlos Moisés da Silva, que, apesar de conhecer muitos assuntos, demonstra pouco conhecimento em política.
Histórico
Tanto é que conseguiu a proeza, pela primeira vez, de um governador não chegar ao segundo turno. Ele, que assumiu com o aval do presidente nacional do partido, o deputado federal por São Paulo, Marcos Pereira, tinha como missão reestruturar o partido e indicar sinais de uma boa performance nas eleições municipais para prefeitos e vereadores.
Zero
No entanto, até agora, não se observaram resultados significativos. Vimos apenas alguns movimentos de Carlos Moisés, todos direcionados para o PSD. Ele chegou a ameaçar candidatar-se à prefeitura de Tubarão, mas, pelo visto, já desistiu, considerando a nula chance de vitória em sua própria cidade.
Pescando
Mais do que isso, não se observa esforços de Carlos Moisés na formação de chapas de candidatos a prefeito ou à Câmara de Vereadores.
Desastre anunciado
O resultado tende a ser desastroso, embora Marcos Pereira seja um político que honra suas palavras. No entanto, vem sendo assediado por várias frentes, indicando a possibilidade de um deputado federal ingressar nos Republicanos, o que poderia fazer com que ele reavaliasse a situação de Carlos Moisés.
Força
Isso porque a influência de um deputado federal é muito importante para qualquer partido, afetando o fundo partidário, o fundo eleitoral e, consequentemente, o tempo de propaganda em televisão e rádio.
Pode
Quanto ao Podemos, houve uma mudança recente com a saída do deputado Camilo Martins, ex-prefeito de Palhoça, substituído pela presidente nacional, Renata Abreu, que nomeou a deputada Paulinha Silva.
Alinhamento
Seu marido, Paulinho Silva de Bombinhas, já está no PSD, para onde Paulinho também iria. Com a nova presidência, o Podemos está reformulando e buscando composições com o PSD nos grandes municípios.
Cavalo de pau
Existe, então, a possibilidade de uma reviravolta. Renata Abreu já teria recebido sinais e promessas de apoio incluindo a possibilidade de um deputado federal para o Podemos em Santa Catarina, o que culminaria com a queda de Paulinha.
Dupla
Portanto, figuras como Carlos Moisés da Silva e Paulinha Silva, que eram inseparáveis enquanto ele era governador e ela, líder do governo na assembleia, devem ficar atentos. Movimentações nacionais já estão em curso e podem ter um desfecho a qualquer momento, muito provavelmente ainda no primeiro semestre, não descartando a possibilidade de mudanças a curto prazo, entre maio e junho.