Coluna do dia

Polarização perniciosa

No sábado que passou, novamente foram registradas manifestações contra o presidente, pedindo o impeachment de Jair Bolsonaro. Foram menores do que as registradas dias antes. O que só mostra que quando o PT se mete, quando Lula da Silva mete a mão acaba afastando os que não fazem parte da seita lulofanática.
Evidentemente. Trata-se de um larápio, um bandido corrupto que recebeu milhões e milhões em propina. Acabou tornando-se elegível pelos cuidados, pra não dizer outra coisa, do STF.
O colunista segue duvidando que ele disputará novamente a presidência. Mas torce para que o ex-mito venha realmente para o jogo. O brasileiro precisa ter um encontro com sua história. Caso o petista ganhe o pleito, aí sim o país precisa fechar para balanço.
Essa polarização rasteira entre bolsonarismo e lulofanatismo é o que há de mais desprezível na vida política brasileira.
É escolhermos entre o ruim e o péssimo, essa que é a grande realidade.

Terceira via
Lógico que os brasileiros de bom senso apostam em algo além dessa disputa. Eduardo leite, o governador gaúcho, é o que mais tem dado sinais de que pode ocupar esse espaço no cenário nacional.

Acerto
Ao assumir sua homossexualidade, o gaúcho fez uma jogada inteligente. E não foi oportunista. Ah, mas capitalizou politicamente. Qual o problema? Se o sujeito é homossexual e se esconde, é porque não é transparente. Se assume, é espertalhão.

Menos hipocrisia
Vamos deixar de hipocrisia. Fez muito bem o governador do estado vizinho, decisão, aliás, que o fortalece. Por consequência de sua realidade pessoal. Outra coisa, deixemos o brasileiro processar isso tudo. Se ele está sendo ou não um bom governador, isso é o povo gaúcho quem vai dizer nas urnas.

Lembrete
Basta lembrar de Aécio Neves. Duas vezes governador em Minas Gerais, ele foi candidato a presidente, mas perdeu em seu estado natal, onde a desorientada Dilma Rousseff colocou mais de 2 milhões de votos de vantagem sobre o oponente.

Alternativa
Simples assim. Agora, que o Brasil precisa de uma alternativa saindo dessa medíocre polarização, precisa. E urgentemente. Estamos entre um ladrão e um inepto.

Pé lá
Fora Eduardo Leite, hoje não aparece mais ninguém com perfil. Talvez o cearense Ciro Gomes, que tem os dois pés na esquerda, embora não seja tão radical quando algumas alas petistas.
Ciro, contudo, dificilmente ganha maior amplitude fora do Nordeste.

Pé cá
O mandatário gaúcho, a seu turno, colocou um pé na esquerda e está apanhando dos canhotos que, obviamente, não suportam concorrência. A esquerda no Brasil, além de apodrecida, velhaca e caduca, é também sem vergonha.

Gesto
Eduardo Leite, aliás, escolheu Santa Catarina para começar sua peregrinação com vistas a vencer as prévias do PSDB que escolherão o candidato do partido à presidência em 2022. Além dele, há outros três postulantes internos: João Doria, governador de São Paulo; Tasso Jereissati, senador, qualificado, mas sem lastro eleitoral, e Arthur Virgílio, sempre candidato dele próprio.

Larga na frente
Apesar do protagonismo do estado de São Paulo, João Doria parece cada vez mais isolado, enquanto Eduardo Leite largou na frente com a tacada sobre sua questão pessoal.

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