Barroso ensinou aos senadores para suprimirem esta ou aquela acusação no intuito de que fosse construída uma peça com chances de ser aceita na Procuradoria Geral da República. Vejam só a que ponto que chegamos no puxadinho chamado STF. Um ministro do STF dando dicas a senadores de oposição para emparedar um presidente da República.
Pergunta-se: isso é democrático? Isso é correto, isso é moral, isso é conduta de juiz? Mas aí não se fala em atos antidemocráticos, e toda essa conversa mole, toda essa farsa, essa narrativa do engodo, politiqueira e que desestabiliza o país.Só um
Voltemos ao centro atual da farsa, o tal relatório de “Canalheiros.” Depois desse festival de ações antidemocráticas, Eduardo Braga, líder do MBD no Senado, correligionário do notório, exigiu que o nome do governador Wilson Lima, do Amazonas, estado de Braga, constasse na peça circense. Levada tão a “sério” pela mídia manipuladora e militante e pela oposição que só gosta do quanto pior, melhor.
Canalheiros, o convicto
Neste ponto ficou clara a “convicção” do relator sobre os listados na CPI. Que, registre-se, não indicia ninguém. Pede ao Ministério Público que indicie. A CPI, qualquer criança já sabia, é guiada por interesses eleitoreiros. Nos contextos nacional e estaduais. Só. Uma vergonha absoluta.
Dentro de casa
Pra finalizar, Canalheiros pediu o indiciamento do colega de CPI Luiz Carlos Heinze, governista, claro, por exigência de Alessandro Vieira, que se autointitulou presidenciável do Cidadania. Este país é uma beleza!
Poesia
Como a oposição tem maioria na tal CPI, a peça fictícia foi aprovada e encaminhada à PGR. Que já deu sinais de que pode levar o enredo circense adiante. A conferir se Augusto Aras, o Procurador-Geral da República, tem alguma convicção ou se foi político no seu discurso.
De qualquer forma, nestas horas o colunista lembra de um trecho de uma música do saudoso Cazuza. “Transformam um país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro.”
Contra o deboche
Em nota assinada pelo presidente do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem), Mario Cezar de Aguiar, o setor empresarial se posicionou firmemente contra a tal aposentadoria especial para deputados e altos servidores públicos de SC.
Preocupação
“O Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem) manifesta preocupação com a tramitação do PLC 16/2021, de autoria do Poder Executivo Estadual, que cria o Benefício Especial pela adesão patrocinada ao Regime de Previdência Complementar do Estado de Santa Catarina aos agentes públicos estaduais e servidores comissionados dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e do Ministério Público.
Recursos essenciais
A permissão da contrapartida de recursos públicos na aposentadoria especial desses agentes irá impactar no desenvolvimento e limitará um adequado investimento em setores estratégicos do Estado de Santa Catarina.
Fora da realidade
O setor produtivo entende que a iniciativa não está sintonizada com os anseios da população catarinense, por criar um gasto excedente aos cofres públicos justamente em um delicado momento de recuperação econômica.”