Faltou apenas um voto no plenário da Alesc, em sessão nesta quarta-feira, 27, para aprovar o Projeto de Lei Complemetar (PLC) do Executivo, que implementaria a aposentadoria especial para os próprios deputados e para comissionados dos diversos poderes, servidores estes que percebem muito acima do teto do INSS, de R$ 6,4 mil. A elite do serviço público estadual.
Tratava-se de uma proposta para estabelecer uma cultura de privilégio para parlamentares e uma elite funcional.
As três comissões temáticas da Alesc se reuniram muito celeremente, no afogadilho, e deram andamento recorde à matéria. Já na terça-feira aprovaram o texto em primeira votação. Na manhã desta quarta-feira, o projeto passou em segunda votação e já foi para o plenário da Assembleia. Foi apreciado à tarde.
Neste meio tempo, a sociedade civil, como o segmento empresarial representado pelo Cofem, entidade que é liderada pela Fiesc na figura do presidente Mario Cezar de Aguiar, reagiu com força, pedindo a rejeição. Até porque isso não é prioridade diante da crise econômica mundial, originada pela pandemia do vírus chinês.
Sem contar que uma reforma da previdência estadual foi concebida recentemente, inclusive tributando mais aposentados e servidores que ganham até o teto do INSS.
Isso não é concebível. A sociedade está carente de obras e benfeitorias para atender os gargalos infraestruturais. E o que dizer das carências nos sistemas públicos de Saúde, Educação e Segurança?
Mesmo assim, metade da Alesc foi a favor desta excrescência especial.
Vamos aos nomes deles:
- Ada de Luca
- Coronel Mocelin
- Dirce Heiderschedit
- Dr. Vicente Caropreso
- Fernando Krelling
- Ismael dos Santos
- Jerry Comper
- Zé Milton
- Julio Garcia
- Marcos Vieira
- Marlene Fengler
- Milton Hobus
- Moacir Sopelsa
- Nazareno Martins
- Nilso Berlanda
- Paulinha da Silva
- Rodrigo Minotto
- Silvio DrevecK
- Valdir Cobalchini
- Volnei Weber
Esta lista precisa ser guardada e lembrada já no ano que vem, quando haverá eleições para a renovação na Alesc.
Cinco deputados não participaram da sessão: Sérgio Motta, Romildo Titon, Maurício Eskudlark, Ivan Naatz e Jair Miotto. Quanto a Naatz e Miotto, encontravam-se em compromissos fora da Capital. Como a tramitação foi relâmpago, não chegaram a tempo.