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Porto de Itajaí prevê voltar operar contêiner no início de 2024, diz superintendente

O superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, disse que a previsão é que as operações de navios de contêiner no porto sejam retomadas no início de 2024. Ele participou, de forma virtual, da reunião da Câmara de Transporte e Logística da Federação das Indústrias (FIESC), nesta quinta-feira, dia 16. O porto está há praticamente um ano sem operar contêiner e aguarda a definição, pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), da empresa vencedora do processo de arrendamento transitório do Porto (contrato de dois anos).

Após as desclassificações da primeira e segunda colocadas, em 2 e 20 de outubro, a comissão de licitação da ANTAQ convocou o terceiro lugar, a Teconnave Terminal de Contêineres, de Navegantes, que foi a empresa que apresentou a terceira maior proposta, com o montante de 35.000 TEUs/mês. Veiga explicou que a primeira, a segunda e a quarta colocadas ingressaram com recursos administrativos. Então, no momento, a comissão está analisando os recursos e, nos próximos dias, vai declarar a finalização do processo com a vencedora.

“Conversei, na terça-feira à tarde, com o diretor-geral da ANTAQ, Eduardo Nery, e ele pontuou a extrema prioridade que a agência tem concedido ao assunto. Esperamos que, ainda neste mês, seja possível assinar com a vencedora para já iniciar o processo de alfandegamento do terminal de contêineres”, declarou. Ele ressaltou que esse processo tende a ser rápido porque o sistema de segurança e outros equipamentos já estão instalados (foram doados pela APM Terminals, antiga operadora do terminal). “Esperamos já no início de 2024, ou seja, daqui a 45 dias, operar navios de contêineres”, prevê.

Outro assunto abordado foi a execução da segunda etapa da bacia de evolução do porto, que permitirá receber navios de 400 metros de comprimento. O superintendente informou que essa obra será feita pelo arrendatário definitivo (contrato de 35 anos). Ele afirmou também que a draga que fará a manutenção da profundidade do canal de acesso e da bacia de evolução chega hoje e vai trabalhar pelo menos 45 dias para alcançar a profundidade contratada.

Reflexos em Imbituba: A situação de Itajaí tem afetado a operação de outros portos, como é o caso de Imbituba, que passou a receber um elevado número de contêineres. Com isso, houve morosidade no atendimento e na liberação das cargas. Na reunião da FIESC, Marco Antônio, diretor de planejamento operacional da Santos Brasil, que opera o terminal de contêineres de Imbituba, explicou que, entre os desafios que geraram morosidade, estão: o processo documental de liberação de mercadoria, o excesso de contêineres que pressionou a estrutura de movimentação e o transporte de cargas. Apesar disso, ele salientou que o terminal “nunca deixou de entregar uma carga” e que tem mais de 40 funcionários do terminal de Santos que estão trabalhando em Imbituba para dar celeridade.

Na reunião, ficou definido que a Fetrancesc e a Santos Brasil vão reunir-se para buscar uma solução para a questão do transporte. A FIESC solicitou a elaboração de um relatório sobre a situação e se colocou à disposição para mobilizar a indústria para a solução do entrave.

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