Coluna do dia

Potencial de votos

Poderio político-partidário-eleitoral. É assim que podemos definir a realidade brasileira, mas vamos focar no contexto catarinense. Jair Bolsonaro é praticamente sinônimo do PL, e o PL, de Bolsonaro. O partido se tornou uma extensão de sua figura, assim como o PT sempre foi impulsionado pela capacidade de mobilização de Lula da Silva. No entanto, a realidade das ruas mudou completamente. Atualmente, não é mais a esquerda que mobiliza multidões, e sim a direita, principalmente devido ao desgaste significativo do “nazilulopetismo”. Três gestões consecutivas levaram o país à falência, assim como empresas outrora sólidas, como a Petrobrás. O atual presidente foi preso. A agenda e as bandeiras controversas do PT contribuíram significativamente para transformar o partido em uma legenda de gabinete, subterrânea.

História

É importante relembrar. Em 1989, Fernando Collor, o “caçador de marajás” de Alagoas, foi eleito e ficou apenas dois anos no poder. Após sua renúncia para evitar o impeachment, Itamar Franco, de Minas Gerais, assumiu o cargo.

Plano Real

Em 1994, Fernando Henrique Cardoso chegou à presidência, sendo reeleito em 1998. Lula da Silva venceu na quarta tentativa, foi reeleito, elegeu Dilma como sua sucessora, mas ela não completou o segundo mandato, sendo afastada e substituída por Michel Temer.

Onda

A onda Bolsonaro chegou em 2018, em um clima anti-PT. Em 2022, o PT retomou o poder, impulsionado pelo antibolsonarismo.

Incômodo

A manifestação do último domingo deixou claro que Bolsonaro será um influenciador crucial nas próximas eleições. Isso deixou a esquerda, o PT e Lula bastante incomodados, pois não esperavam uma manifestação tão expressiva na Paulista.

Trio

No palanque de Bolsonaro no domingo, dos quatro governadores presentes, três têm aspirações presidenciais: Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ronaldo Caiado. Eles sabem, contudo, que precisam do apoio do ex-presidente. Um quarto nome também estava no palanque, Michelle Bolsonaro.

Incógnitas

E Lula? Sua reeleição dependerá do sistema e do aparelhamento observado em 2022. Mas agora, ele também enfrentará o desgaste de um quinto mandato com viés comunista no país. Ele buscará a reeleição? Conseguirá completar este mandato? Lula conseguirá fazer um sucessor, seja dentro ou fora do PT, ou será a vez de Geraldo Alckmin? São muitas incógnitas.

Margem

A realidade é que Lula está em desvantagem em relação a Bolsonaro. Pesquisas mostram o petista apenas alguns pontos à frente do antecessor, mas isso considera uma suposta candidatura de Bolsonaro.

Na frente

No cenário geral, o conservadorismo vem ganhando terreno. Uma coisa é Bolsonaro buscar o retorno – e sua perspectiva é melhor do que a do atual ocupante do Planalto. Outra coisa, bem diferente, é Bolsonaro apoiar um nome, seja ele Tarcísio, Zema ou Caiado.

PT terá vida dura

O resultado de 2026 passará, necessariamente, por outubro de 2024, especialmente nas 100 maiores cidades do país. Será uma espécie de prévia para as eleições presidenciais, e a preocupação no centro do regime só aumenta.

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