Praticamente fechada a aliança entre PP e PMDB, vejam só, em Criciúma. O prefeito Márcio Búrigo (D) vai buscar a reeleição, tendo como candidato a vice peemedebista de quatro costados, Acélio Casagrande (E).
Do outro lado, o PSD tem tudo para indicar a vereador Tati Teixeira como vice do deputado Cleiton Salvaro (PSB). Neste caso, trata-se de uma tripla retribuição pelas composições em Forquilinha e Siderópolis, onde o PSB apoia o PSD; e também em Joinville. Na maior cidade do Estado, o PSB deixou o PMDB de Udo Döhler para apoiar o deputado estadual Darci de Matos (PSD).
Este contexto no Sul praticamente isola o ex-deputado e ex-prefeito Clésio Salvaro, do PSDB, que ainda imagina ser candidato. Mas parece óbvio ululante que a Justiça Eleitoral não vai permitir a candidatura do tucano. Como ele deixou as articulações para a última hora, agora ficou emparedado. Ou será obrigado a recorrer ao vereador Ricardo Fabris ou aceita apoiar o primo Cleiton.
Política faz coisa
A parceria PP-PMDB no Sul é, digamos, sui generis. Um sinal dos tempos. Porque envolve dois arquinimigos estaduais. Esperidião Amin (PP) e Eduardo Pinho Moreira (PMDB), que tem base em Criciúma, cidade que ele já administrou, não sentam à mesma mesa jamais. Nunca. São absolutamente desafetos, mantendo, inclusive vários contenciosos judiciais ao longos dos anos.
Histórico
Vale lembrar que Márcio Búrigo não apoiou a chapa Paulo Bauer (PSDB) e Joares Ponticelli (do PP, partido do prefeito de Criciúma) em 2014. Sem sombra de dúvidas, este novo movimento do atual alcaide na maior cidade do Sul amplia substancialmente suas perspectivas eleitorais. De qualquer forma, é nitroglicerina pura!
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