A Justiça Eleitoral de Santa Catarina concluiu a apuração dos votos das eleições suplementares de Petrolândia/SC às 17h44 deste domingo (13). Com 2.195 votos, o que corresponde a 47,98 % do total de votos válidos, foram eleitos os candidatos Irone Duarte (PP -foto) e Egon Weber (PSD) para os cargos de prefeito e vice-prefeito, respectivamente. A diferença foi de 16 votos a favor da candidata Progressista, o que só reafirma a antiga rivalidade e a ferrenha disputa voto a voto que marcam a história em inúmeros municípios catarinenses, comumente divididos entre PP (Progressistas) e MDB.
Em segundo lugar ficou a chapa formada por Angela Krindges da Mota, a Hiti (MDB) e Jair Marinho Neto (MDB), com 2.179 votos (47,63%); e em terceiro a chapa composta por Edson Padilha (PODE) e Amarildo Custodio (PODE), com 201 votos (4,39%).
Votos brancos somaram 28 e nulos 41. O índice de abstenção ficou em 10,50%, ou seja, 545 eleitoras e eleitores deixaram de votar e terão que justificar a ausência às urnas. No total, 5.189 pessoas estiveram aptas a votar.
O novo pleito foi realizado porque a chapa mais votada nas Eleições Municipais de 2020 teve o registro de candidatura negado pela Justiça Eleitoral, resultando na cassação dos mandatos. A decisão foi tomada pelo Pleno do Tribunal Regional de Santa Catarina (TRE-SC) no dia 14 de abril deste ano.
A votação ocorreu das 7h às 17h, respeitando os protocolos de segurança sanitária por causa da Covid-19. Nenhuma urna eletrônica teve que ser substituída por outra de contingência e não houve ocorrência de crime eleitoral que resultasse em prisão.
O presidente do TRE-SC fez um balanço positivo do pleito e agradeceu a todos os envolvidos na realização das eleições, incluindo a Conferencia Americana de Organismos Electorales Subnacionales por la Transparencia Electoral (Caoeste) pela presença dos observadores internacionais.
“Que oportunizou ao estado de Santa Catarina em recebê-los para exatamente demonstrarem não só ao nosso povo catarinense, mas ao nosso Brasil, quiçá à toda América o nosso processo eleitoral de forma escorreita, tranquila, transparente, sem qualquer sobressalto que possa ter acontecido neste dia”, declarou o desembargador Fernando Carioni.
Auditoria
Duas urnas eletrônicas foram submetidas à auditoria. A da seção eleitoral nº 77 passou pelo procedimento de verificação da autenticidade e integridade dos sistemas instalados, o que constatou a lisura dos sistemas oficiais da Justiça Eleitoral.
A outra, correspondente à seção nº 83, passou pela auditoria de funcionamento da urna sob condições normais de uso. Durante todo o dia, quatro advogados estiveram computando eletronicamente os votos não oficiais depositados pelos alunos em uma urna de lona, na cerimônia pública realizada no sábado (12), e ainda fazendo o registro dos mesmos em um sistema de apoio computadorizado.
O resultado dessa auditoria assegurou que os votos digitados na urna foram os mesmos efetuados nas cédulas de papel, ou seja, foi comprovada a segurança do sistema eletrônico de votação.
“Mais uma vez a OAB esteve ao nosso lado, auxiliando nossos trabalhos, garantindo ainda mais a lisura de todo o procedimento”, avaliou o presidente da Comissão de Auditoria juiz Marcelo Pons Meirelles.
Auditoria inédita
Após o término da apuração, foram reunidos todos os documentos gerados na votação (boletins de urna, relatórios oficiais do sistema de totalização, dentre outros) em uma urna de lona, que foi lacrada e entregue ao presidente da OAB de Rio do Sul para posterior auditagem da documentação.
Trata-se de um procedimento inédito de auditoria, totalmente a cargo da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de Santa Catarina, que ficará incumbida de verificar, após a eleição, a conformidade dos resultados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral.
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