O Conselho Metropolitano para o Desenvolvimento da Grande Florianópolis (Comdes), por meio de seu grupo gestor, acompanhará, a partir da próxima semana, o andamento do projeto que define o marco regulatório das Parcerias Público-Privadas (PPPs) para projetos de infraestrutura na região. Em paralelo, pretende debater mudanças no projeto do contorno viário da Grande Florianópolis que podem atrasar a conclusão dos trabalhos e até colocar em risco a segurança dos motoristas.
Enviada para análise pelos deputados estaduais no final de novembro, a regulamentação das PPPs está nas comissões da Assembléia Legislativa. “Só conseguiremos construir obras estruturais para a Grande Florianopolis por meio dessas parcerias. Essa proposta deve ser aprovada o quanto antes para que os investimentos sejam agilizados”, afirma o coordenador do Comdes, Jaime Ziliotto. Segundo a Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis (Suderf), tanto a modelagem do plano operacional para a região quanto os serviços previstos para a infraestrutura estão prontos para serem licitados.
Parte das iniciativas deverá ser implementada pelos próprios municípios. Por isso, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, disse que está “arrumando a casa” financeiramente para que a prefeitura possa receber recursos do Governo Federal. Loureiro disse que se encontrou com o ministro do Transportes, Maurício Quintella Lessa, para falar das obras na BR-282 e que irá novamente a Brasília nos próximos dias para captar verbas para investimentos tanto na Capital quanto na Grande Florianópolis.
Ziliotto Outra preocupação das 40 entidades que formam o Comdes é a mudança no projeto do contorno viário da Grande Florianópolis. Um novo traçado elaborado pela Autopista Litoral Sul prevê a intersecção da via de contorno no Km 219 da BR 101. A pedido do Comdes, o engenheiro Ricardo Saporiti analisou as mudanças e concluiu que a nova proposta, que muda traçado apresentado em 2013 pela própria empresa, prevê vários pontos de convergência em X entre as pistas, o que pode acarretar acidentes e congestionamentos. Além disso, determina a construção de uma ponte sobre o rio Aririú de Baixo e obras extras que vão atrasar a finalização dos serviços, que deveriam ter ficados prontos em 2012.
Jaime Ziliotto disse que o Comdes encomendou esse laudo técnico justamente para tentar evitar que essas mudanças ocorram no projeto do anel rodoviário. “Uma cópia do documento já foi encaminhada ao prefeito Camilo Martins, que estava preocupado com o trânsito e a segurança dos motoristas devido às modificações. Ele pretende discutir a questão em Brasília nos próximos dias”, concluiu o coordenador. Participaram ainda do encontro representantes de entidades civis e de classe que compõem o colegiado. O grupo gestor do Comdes é formado pela ACIF, CDL de Florianópolis, OAB, Sinduscon, Fecomércio, Floripamanhã, CREA e Cau.
