Cerca de dois mil praças (policiais e bombeiros) se reuniram para protestar, ontem, na sede da Associação Catarinense de Medicina (ACM), localizada na SC-401, bem pertinho do Centro Administrativo do governo do estado.
Dali, depois de discursos e palavras de ordem em assembleia da categoria, o grupo seguiu para a sede administrativa para protestar. Os profissionais estão há seis anos sem reposição inflacionária em seus vencimentos.
Calculam perdas na casa dos 40% no poder de compra de seus salários.
Moisés da Silva completou pouco mais de um ano de gestão. Outros cinco de desatenção à categoria devem ser debitados nas contas de Eduardo Moreira e Raimundo Colombo. Mas a responsabilidade de encaminhar uma solução é do governante de plantão.
Apesar de integrar as forças de segurança (é coronel da reserva do corpo de Bombeiros), Moisés da Silva irritou ainda mais os praças ao simplesmente não mexer uma palha sobre o assunto que atinge diretamente na parte mais sensível do corpo humano: o bolso.
Vai entender
Tanto é verdade que essa manifestação de ontem dos praças estava marcada há mais de um mês. E o governo só soltou uma nota, lacônica, na própria quinta-feira, quando poderia e deveria ter se antecipado já que, segundo o texto, a Secretaria de Administração fez um estudo “criterioso” para apresentar proposta aos militares.
Condução
Estranho. Se já tinha o estudo “criterioso”, por que o governo não se antecipou ao movimento? Até para os praças apreciarem, durante a assembleia de ontem, o que o Centro Administrativo está propondo. Mas não foi o que ocorreu, a Administração prometeu para esta sexta-feira a apresentação da proposta detalhada. E ninguém entendeu porque escolheram essa data.
Não confere
Na nota, a pasta afirma que fez várias reuniões, inclusive em dezembro, com a categoria, e prometeu que uma posição no dia 31 de janeiro, o que a assessoria da Aprasc, a associação que congrega quase 15 mil praças em Santa Catarina, não confirma. Ou seja, ao fim e ao cabo, é a atual gestão novamente esticando a corda, conduzindo de forma inadequada um assunto sério e gerando mais uma crise para si mesma. Aliás, Moisés da Silva e alguns de seus principais assessores tem se especializado em fabricar problemas contra eles próprios!
Cassados
O prefeito e o vice-prefeito de São Francisco do Sul, Renato Gama Lobo e Walmor Berretta Junior, respectivamente, tiveram seus mandatos cassados pelo Pleno do TRE-SC, nesta quinta-feira (30), por 4 x 3 votos. Os juízes do TRE também determinaram a inelegibilidade de Renato Gama Lobo por oito anos seguintes ao pleito de 2016.
O motivo que levou à cassação dos eleitos foi abuso de poder econômico, comprovado por meio de pedido de voto através de ofertas de vantagens e ameaça velada de perda de emprego.
Energia cara
O senador Esperidião Amin participou de uma audiência com o governador do Estado para tratar da situação das elevadas tarifas de energia elétrica cobradas no município de Urussanga, no Sul do Estado.
Os valores são praticados pela Empresa de Força e Luz de Urussanga Ltda (EFLUL), no âmbito das interações em curso com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e com o Tribunal de Contas da União (TCU).
Diferença
Atualmente, a tarifa convencional dos consumidores residenciais da EFLUL é de R$ 0,6448Q/KWh. Já a mesma tarifa cobrada pela CELESC é de R$ 0,470/kWh. Por sua vez, a tarifa cobrada pela Cooperativa Energética Cocal (Coopercocal), que tem área de concessão vizinha à EFLUL, é de R$ 0,468/kWh.