Há prefeitos de cidades importantes mapeados para disputarem as eleições deste ano.
Se realmente quiserem estar aptos para a disputa, eles terão que renunciar aos seus mandatos até o comecinho de abril.
O prefeito da Capital, Gean Loureiro (UB), vai renunciar no fim do mês e se posiciona para encabeçar uma chapa majoritária ou para ser opção de composição no contexto de uma aliança partidária consistente. Assume o vice, Topázio Neto, que poderá se filiar ao União Brasil.
Antídio Lunelli, de Jaraguá do Sul, também já definiu a data do desembarque. Dia 31 deste mês. Será substituído por outro grande empresário da cidade, Jair Franzner. Os dois são filiados ao MDB.
Outros três alcaides têm feito movimentos nesta direção, mas suas perspectivas são bem menos favoráveis do que as de Gean e de Antídio.
Balneário Camboriú
Fabrício Oliveira (Podemos) está desde o ano passado conversando, articulando e anunciando que é pré-candidato a governador. Ocorre que o contexto local de sua reeleição e o cenário das composições federal e estadual não conspiram a favor dele. Muito pelo contrário. Na cidade, aliás, cresce o sentimento de ele não irá deixar a chefia do Executivo.
Tubarão
Joares Ponticelli (PP) tem experiência e situação consolidada em sua região. Assim como Fabrício, no entanto, ele não tem grandes perspectivas para a majoritária estadual, principalmente se permanecer no PP. O partido é aliado de Jair Bolsonaro no plano federal. As definições estaduais passarão necessariamente por Brasília. Sem contar o fator Amin dentro da legenda.
Chapecó
Por fim, João Rodrigues (PSD). Seu nome veio à baila neste mês como opção do PSD. Movimento que coincidiu com o anúncio da saída de Eron Giordani (que já foi chefe de gabinete de Rodrigues) do governo estadual. Para ter alguma chance, a eventual candidatura de João Rodrigues precisa estar numa composição sólida. O ex-governador Raimundo Colombo por ora conta com as bênçãos de Gilberto Kassab, o chefe nacional do PSD, e quer concorrer novamente ao governo.
Projeto proporcional
Outros três prefeitos que também já anunciaram a disposição de renunciar. Este trio, contudo, deixará a prefeitura para disputar a eleição de deputado estadual. Esse é o projeto de Saulo Sperotto (PSDB), de Caçador, Alexandre Zancanaro (PSD), de Campos Novos, e Emerson Stein (MDB), de Porto Belo.
Executivo
O primeiro escalão do governo estadual também sofrerá mudanças significativas em função das eleições. Na virada para abril, pelo menos metade dos secretários tende a deixar os cargos para a disputa eleitoral. Na coluna de amanhã vamos trazer mais detalhes e os nomes dos possíveis candidatos.
A partir de abril, o quadro nacional e o estadual ficarão mais claros, mas ainda haverá muita conversa e negociação até 5 de agosto, prazo fatal para a homologação das chapas e alianças.
Perfil
De família tradicional de Santa Catarina, o desembargador Leopoldo Brüggemann será o comandante do processo eleitoral no Estado. Ele assumiu a presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC). É um magistrado competente, atuante e reto.
O novo presidente da corte terá um desafio extra, considerando-se as medidas que deram uma esvaziada nos tribunais regionais e concentraram poderes no TSE, onde quem manda são os ministros ativistas militantes de esquerda do STF. Quadro delicadíssimo.