O prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, protocolou junto ao governo do Estado questionamentos sobre o edital de licitação para concessão do Centro de Eventos. As avaliações fazem parte de estudo técnico desenvolvido pelo trade turístico de BC e pela prefeitura e apontam uma série de problemas no edital.
O principal deles é o retorno pelo investimento feito. Na proposta de edital apresenta pela SC Par, somente o governo do Estado terá retorno com a outorga da estrutura. No entanto, os R$ 132 milhões investidos na obra foram divididos entre governo federal (53%), governo do Estado (27%) e prefeitura (20%, R$ 25 milhões).
Pela proposta do governo, a empresa ou consórcio que se interessar em administrar o Centro de Eventos pelos próximos 20 anos deverá pagar R$ 10 milhões antes da assinatura do contrato e 5% do faturamento anual. Esse dinheiro é a título de reposição dos investimentos feitos pelo governo do Estado, diz o edital.
Entre outras diversas questões, a prefeitura também questiona que no edital está previsto que somente o governo do Estado terá direito a 10 dias de ocupação do espaço gratuitamente e o município sequer foi citado na proposta. “Elenco aqui dois temas: o estudo de viabilidade econômica e o calendário de eventos, mas têm outros aspectos técnicos também, pois se o centro de Eventos não for viável economicamente, esse custo certamente será distribuído aos usuários”, pondera o prefeito Fabrício Oliveira.
Como pano de fundo para o endurecimento do discurso do prefeito de Balneário Camboriú estão as eleições de 2020. O governador Moisés da Silva articula uma candidatura do PSL contra Fabrício Oliveira no ano que vem. O nome do coronel da PMSC, Evaldo Hoffmann, que hoje responde pelo comando da Polícia Militar Rodoviária Estadual, é um dos mais fortes e que mais agradam ao governador.
Aguardemos os próximos capítulos. Enquanto isso, o Centro de Eventos, que promete aquecer a economia do Litoral Norte , segue fechado!