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Prêmio Catarinense de Cinema 2017 distribuirá R$ 8,2 milhões para 23 produções

Anúncio da realização da maior premiação do audiovisual de SC foi feita pelo governador Raimundo Colombo durante a Noite de Premiação do Edital Elisabete Anderle, no CIC

 

O Teatro Ademir Rosa lotou para a Noite de Premiação do Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2017, na terça-feira (12), no Centro Integrado de Cultura (CIC). A cerimônia, que teve clima de festa, contou com a presença do governador Raimundo Colombo que na ocasião anunciou a realização do Prêmio Catarinense de Cinema 2017, cujo cronograma de inscrição será definido nos próximos dias. A principal premiação do audiovisual catarinense terá um valor recorde, R$ 8.420.000,00, sendo R$ 3,5 milhões do governo do Estado via Funcultural e Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e R$ 4.920.000,00 como contrapartida do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que é federal.

O Prêmio Catarinense de Cinema selecionará 23 projetos contemplando, pela primeira vez na sua história, três produções de longas-metragens – além de telefilme, obras seriadas, curtas-metragens e desenvolvimento de projetos ficcionais e documentários. A última edição de edital aconteceu em 2015 com a distribuição de R$ 3.75.000,00.

Ao anunciar a realização de mais um prêmio durante a cerimônia no CIC na noite de terça-feira, o governador Raimundo Colombo destacou a importância em, mesmo nas adversidades de uma crise, investir no fortalecimento das ações de Estado no âmbito da cultura. “É um reconhecimento às pessoas que fazem a cultura catarinense mesmo com todas as dificuldades. Mas é importante que o governo possa apoiar e produzir um evento como esse e se multiplicar em cada município ações que fortalecem e dão qualidade à nossa cultura”, disse Raimundo Colombo.

Neste ano, o Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultural premiou 175 projetos, de um total recorde de inscritos (1.803), distribuindo R$ 5,6 milhões em sete categorias, como dança, letras, patrimônio cultural, teatro e circo, artes visuais e culturas populares, arte e cultura negra e indígena, dentre outras. Trata-se do principal e mais abrangente mecanismo de fomento à cultura de Santa Catarina.

Noite de festa

Considerado o maior teatro de Santa Catarina, o Ademir Rosa pareceu até pequeno para comportar tamanha energia do público e das atrações que se apresentaram na Noite de Premiação do Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura. O evento contou com a presença do secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esportes, Leonel Pavan, do presidente da FCC, Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, de prefeitos, secretários municipais de cultura, artistas, produtores, premiados e público em geral. No palco, uma seleção de grandes projetos já contemplados pelo Edital deu o tom de sublimação da produção artística catarinense, com a entrada apoteótica da banda percussiva Cores de Aidê, que logo de início fez a platéia levantar das poltronas e dançar.

O secretário Leonel Pavan celebrou a edição do edital deste ano como uma vitória, ao resgatar um programa que há dois anos não era realizado. “Tivemos mais de 1,8 mil participantes e todos muito comprometidos, em uma demonstração de enriquecimento da cultura do Estado”, festejou Pavan. Para o presidente da FCC, a realização do Elisabete Anderle e agora do Prêmio Catarinense de Cinema contempla um esforço empreendido pelo secretário Pavan e pelo governador Raimundo Colombo em assegurar as garantias constitucionais previstas para a cultura. “Foi um sucesso e o que nós desejamos agora é dar continuidade”, comprometeu-se Rodolfo Pinto da Luz.

Após um ato simbólico de assinatura de contratos dos premiados, entrou em cena a Cia Lápis de Seda, premiada em 2014 na categoria Dança, e que fez o público se emocionar com uma performance carregada de simbologias e precisão coreográfica de seu corpo de bailarinos – formado em parte por portadores de deficiências motora e/ou intelectual. Na sequência, o ator e dramaturgo Malcon Bauer elevou o nível do humor com esquete teatral O Homem de Agrolândia, fruto de um projeto contemplado com o Prêmio Catarinense de Teatro em 2014.

O ator, que apresentou o seu ato humorístico autobiográfico carregado de ironias e acidez, levou o público às gargalhadas e preparou a platéia para apresentação que encerrou a noite: a Escola Teatro Bolshoi no Brasil, de Joinville. “A arte catarinense está no CIC, mas principalmente nas ruas, nos espaços alternativos, nas universidades e nos municípios. É onde o artista deve estar e onde ele mostra o que faz de melhor”, disse o ator sob aplausos. A apresentação do Bolshoi, que também foi premiado pelo Edital na categoria Dança em 2014, marcou uma ação realizada pela primeira vez ao reunir, no mesmo espaço, uma mostra da diversidade de linguagens e talentos promovida pelo Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura, instituído em 2009 e que já teve quatro edições.

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