Passada a eleição estadual, com a vitória folgada de Jorginho Mello (PL), o senador que agora é governador eleito, a pauta principal da política estadual é a nova composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
Um dos pontas de lança das articulações é o deputado reeleito Ivan Naatz, que tem grande proximidade com Jorginho. Até a semana passada, o nome do emedebista Mauro de Nadal, que presidiu a Casa por um ano, liderava algumas bolsas de apostas.
Como é natural, outros nomes vêm sendo especulados, dependendo do interesse da fonte e dos objetivos de poder daqueles que estão no jogo dos bastidores.
Deputado experiente, de excelente trato e conhecido por ser firme e reto nas decisões, Zé Milton Scheffer também surge com possibilidades concretas de empalcar. Aliás, ele e Mauro de Nadal, politicamente falando, tem certas características comuns.
Em linhas gerais, têm uma conversa política reta.
Sinalização
Ivan Naatz não citou nomes publicamente, mas em conversa esta semana com o governador eleito, ele deixou claro que o páreo está em aberto. Outro aspecto: Zé Milton tem bom trânsito nos mais variados setores e insttuições; e também nos segmentos políticos.
PL fora
Evidentemente que, apesar dos ensaios de alguns parlamentares do PL, o partido não vai pilotar a Alesc em que pese ter conquistado 11 das 40 cadeiras.
Alívio para SC
A costura em torno de Scheffer poderia ter o condão de deixar em segundo plano algumas figurinhas carimbadas.
Habilidoso
Jorginho, como vaticinamos aqui, não cometerá os mesmos erros políticos de Moisés da Silva.
Olhando o futuro
Os sinais nessa direção já são muito claros. Além de assegurar uma boa e sólida base, o governador também mexe os pauzinhos para evitar situações que possam lhe causar aborrecimentos ali adiante.
Vácuo
Em comunicado à imprensa distribuído pela assessoria de Naatz, há um indício claro de que o MDB, que elegeu seis deputados estaduais, ou seja, a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa, pode não ficar com o comando da Casa.
FRASE
“Não há nomes consolidados. É uma questão de cumprir missões. Estamos aqui para servir ao partido e aceitar o que for melhor para a construção de nossa sigla e do governo”
Ivan Naatz, deputado estadual, referindo-se às negociações para a nova Mesa Diretora da Alesc
O ano do desastre
O governo do Estado acaba de divulgar os números da economia relativamente ao catastrófico ano de 2020 – fique em casa, a economia a gente vê depois.
Retração menor
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, em estudo liderado pelo economista Paulo Zoldan, a retração do PIB estadual foi menor do que a média nacional. Fato que fez crescer a participação catarinense na produção da riqueza naiconal. Segundo Zoldan, SC saiu de 4,4% para 4,6% do PIB nacional.
Menos é mais
“O PIB de Santa Catarina teve uma retração em volume de -2,86% naquele ano. O PIB Brasileiro teve uma queda maior em 2020, de -3,3%. Com isso, apesar dessa redução do crescimento, a participação do Estado na economia nacional aumentou”, declarou Zoldan.