A Polícia Federal encaminhou dois relatórios à Justiça Federal referentes às investigações da Operação Alcatraz. Foram indiciadas 21 pessoas. Funcionários públicos, empresários e profissionais liberais. Entre elas, os agentes também indiciaram o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júlio Garcia (PSD).
Relativamente ao pessedista, a PF o cita por suposta fraude em licitação, fazer parte de organização criminosa, ocultação de bens e corrupção ativa.
Uma das peças policiais aponta suposta fraude em licitação na Secretaria de Estado da Administração, citando o período, recente, de 2015 a 2018.
De acordo com a PF, o erário teria sido lesado em R$ 1,4 mihão. Os contratos suspeitos foram firmados na área de tecnologia. Os recursos teriam levado o grupo à prática de lavagem de dinheiro e também de ocultar bens.
Também na área tecnológica, o segundo relatório afirma que teria havia superfaturamento em licitação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
Agora já são seis os relatórios da Polícia Federal no âmbito da Operação Alcatraz, tendo como alvo, além da Secretaria de Administração, a Epagri.
Vale lembrar que a juíza Janaina Cassol Machado havia dado prazo, já em prorrogação, até 14 de outubro para que a PF concluísse os relatórios.
Daqui em diante, a bola está com o Ministério Público, que vai analisar as informações e supostas provas para então decidir se oferece ou não a denúncia ao Judiciário. Os procuradores também podem pedir novas diligências aos policiais. O fato é que se projeta que ainda haverá muito trabalho em relação à Alcatraz.
A POSIÇÃO DE GARCIA
Em declarações à imprensa, o presidente da Alesc disse que a PF tem todas as informações sobre seus bens. Garcia negou todas as acusações, salientando que em relação à suposta organização criminosa, “é impossível haver sustentação ou qualquer prova em relação a isso”. Frisou, ainda, que não há uma linha que comprove sua participação em ilícitos e acredita que será inocentado ao fim do processo.