Blog do Prisco
Manchete

Presidente da Facisc fala em motim e irresponsabilidade dos parlamentares

O presidente da Facisc, Jonny Zulauf, emitiu nota depois do desfecho do processo de impeachment na madrugada deste sábado. Desancou, literalmente, a Assembleia Legislativa e alerta para o custo que a sociedade terá que pagar em função das profundas mudanças em curso. 

“O impeachment, fruto de um complô político comparado aos motins da literatura naval, ou revolução do baixo clero que sempre atormentou a estrutura das igrejas, de forma inusitada, sobre elementos sem nenhuma sustentação jurídica, mas com efeitos drásticos sobre a atividade normal da gestão pública do Estado de Santa Catarina já causou seus estragos.

A irresponsabilidade dos parlamentares nos seus propósitos nada republicanos, decorrentes de egoístas interesses pessoais e partidários, aproveitaram-se da ingenuidade – este o pecado de Carlos Moisés – gerando sérios efeitos e custos sobre toda a sociedade.

O precedente que só não alcançou os reais intento do parlamentar líder da assembleia legislativa em pretender assumir o governo, por ter sido mantida a Vice-Governadora, Daniela Reinehr no cargo. Ela assume interinamente o executivo catarinense, sem partido e por isso vulnerável igual seu parceiro de campanha.

Inimiga declarada do governador afastado, verá todos os cargos por nomeação como suspeitos para indicar novos aliados de confiança. A sociedade, por sua vez, assistirá o troca-troca de cargos, a interrupção de programas de gestão, o debut dos amigos da governadora para, possivelmente uma microgestão de 180 dias. Pagaremos esta conta.

Por fim, se no passado denúncias concretas de flagrantes irregularidades escandalosas como por exemplo o governo de Paulo Afonso, também sustentaram este tipo de procedimento, em que prevaleceu o equilíbrio de postura da assembleia legislativa, o atual exemplo submete qualquer novo mandatário a estar subjugado aos humores dos deputados. Conforme manifestações da OAB, um temerário vício pode ter sido criado, quebrando a equivalência e harmonia ditados pela constituição aos três poderes da gestão pública.

 

Jonny Zulauf, presidente da Facisc”