A declaração do presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro, que é catarinense, deixando muito claro que o partido não estará no projeto de reeleição de Jorginho Mello (PL) enseja uma leitura mais aprofundada.
De forma até estranha, o dirigente cita que o partido poderá ter cabeça de chapa, na figura do prefeito reeleito de Joinville, Adriano Silva. O colunista, registre-se, tem dificuldade em acreditar que Adriano vá renunciar para embarcar numa aventura pra lá de incerta.
Talvez por isso, na sequência da entrevista dada à Folha de S. Paulo, Ribeiro admita a possibilidade de o Novo apoiar João Rodrigues, do PSD, ao governo.
Isso significa então que o projeto do prefeito reeleito de Chapecó, além do PSD, vai contar com o Novo, o União Brasil e o Podemos.
Como Adriano Silva é o prefeito da maior cidade de SC, situada na região Norte, isso pode guardar relação com o movimento de Jorginho Mello de atrair dois jaraguaenses para o colegiado: Antídio Lunelli e Carlos Chiodini, ambos do MDB.
É uma clara demonstração que o governador quer reforçar sua presença no Norte. Obviamente já olhando para 2026 também. Possivelmente com Antídio de vice.
Faria frente a uma possível candidatura de Adriano Silva, mas, reforça-se que o articulista considera muito remota a possibilidade de ele renunciar para talvez ser candidato ao Senado na chapa encabeça por João Rodrigues.
Confira a matéria da Folha de S. Paulo com as declarações do catarinense Eduardo Ribeiro:
Confira a matéria da Folha de S.Paulo
“Novo sobe tom contra governador de SC e descarta aliança em 2026
Presidente do partido, Eduardo Ribeiro, diz que gestão de Jorginho Mello (PL) toma atitudes populistas e eleitoreiras
O Partido Novo subiu o tom das críticas ao governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), em um movimento que tem como pano de fundo a disputa pelo eleitorado de direita no estado em 2026.
O presidente nacional do Novo, Eduardo RibeiroO presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro
Presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro diz que a gestão de Mello adota medidas “populistas e eleitoreiras”. “Não vemos uma agenda reformista, que busque deixar um legado. Pelo contrário, vemos atitudes pensando apenas em benefícios políticos de curto prazo”, diz Ribeiro.
Ele cita a decisão do governo de reverter uma reforma da Previdência estadual. “Nem governadores do PT fizeram isso”.
Outros exemplos mencionados são a defesa pela gestão Mello de mudanças no marco legal do saneamento, uma das pautas liberais aprovadas pelo governo de Jair Bolsonaro, e um programa para bolsas de estudo em universidades comunitárias.
Mais grave, diz o dirigente do Novo, são acusações que se acumulam de irregularidades em contratações sem licitação. “A questão da idoneidade para nós é algo muito caro”, afirma.
O Novo tem em Santa Catarina uma de suas maiores presenças no país, com a recente reeleição do prefeito de Joinville, Adriano Silva.
Segundo Ribeiro, ele pode ser uma alternativa para a disputa ao governo catarinense em 2026, tendo como provável adversário Mello, que deve buscar a reeleição.
“Não vejo possibilidade de caminharmos junto com o governador em 2026″, diz o dirigente partidário. Ele menciona também o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), como um possível candidato que o Novo poderia apoiar contra o atual governador.”
foto>Rodrigo Parucker, divulgação