As soluções de inovação para a Justiça estiveram na pauta do encontro entre a comitiva de integrantes do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e dirigentes da Softplan em Florianópolis. O presidente da Corte paulista, desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, juízes-assessores e gestores do Tribunal conheceram a sede da Softplan, empresa que desenvolve o sistema SAJ, solução adotada para o gerenciamento dos processos judiciais do TJSP.
Durante a visita, a comitiva do Tribunal conheceu as equipes responsáveis pelo desenvolvimento da solução SAJ; as metodologias ágeis de trabalho; e as instalações físicas da Softplan. A empresa mudou-se recentemente para o Sapiens Parque, polo nacional de tecnologia, que vem sendo considerado como o Vale do Silício brasileiro.
“Saio daqui muito feliz por ter conhecido melhor a empresa que desenvolve o nosso SAJ. Foi uma oportunidade de acompanhar, de perto, os projetos desenvolvidos, o andamento da parceria entre a Softplan e o TJSP”, conta o presidente Dimas. Ele diz que conheceu pessoas muito comprometidas que têm um “brilho no olhar” para garantir a evolução do “nosso” Sistema.
Soluções de inovação para a Justiça
A Softplan apresentou soluções de inovação para a Justiça que usam inteligência artificial.
“O uso da computação cognitiva é a alternativa para tornar mais célere o trabalho dos juízes e magistrados. Com isso, as respostas à sociedade serão mais rápidas e mais assertivas”, explica Ilson Stabile, diretor-executivo da Softplan.
Uma das soluções apresentadas foi o “Assistente Digital do Magistrado” que promete conferir mais agilidade ao trabalho de decisão judicial. Com o uso da computação cognitiva, podem-se encontrar padrões e modelos nas sentenças para promover apoio à decisão dos juízes.
A Softplan apresentou o cenário atual do Big Data no mundo, relacionando as possibilidades de aplicação da tecnologia de ciência de dados ao ecossistema da Justiça.
Um destes casos é o SAJ Analytics, que analisa o histórico de dados do Tribunal e os combina com fatores externos ao segmento, como índices econômicos e sociais. A combinação dos dados pode prever padrões de entrada de novos processos e de principais classes das peças.
“A previsibilidade pode fazer com que o Tribunal haja preventivamente, por exemplo, para alocar recursos em determinadas unidades judiciais”, comenta Marcos Florão, assessor de Inovação da Softplan.
Outras soluções apresentadas foram o SAJ Signer, o novo assinador digital que dispensa o uso do token físico para assinatura dos processos. Outra inovação foi o chamado “Waze do processo”, que objetiva fazer cumprir a garantia constitucional de “razoável duração do processo”. Ao encontrar padrões, o sistema pode sugerir procedimentos para a tramitação ser 30% mais rápida.
“É inegável que a tecnologia traz uma contribuição importantíssima para a prestação de Justiça, haja vista a produtividade recorde que alcançamos no ano passado. Mas lembro que nada vai substituir o trabalho humano”, afirma Dimas. Para ele, as soluções ajudam e apoiam a gestão e a tomada estratégica de decisão.
Além da tecnologia apropriada, o presidente reforça que capacitações e treinamentos são essenciais. Para ele, o projeto Justiça Bandeirante foi um dos responsáveis pelo aumento nos índices de produtividade.
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Participaram da visita à Softplan, os juízes assessores Tom Brandão, Aléssio Martins Gonçalves, Ana Paula Sampaio de Queiroz Bandeira Lins, além das servidoras Rosely Castilho, Nívia Philippi e Rosangela Sanches.