Mais uma vez as manifestações climáticas estão a castigar Santa Catarina. De maneira severa. No final da noite de domingo, as chuvas causaram ocorrências em 131 das 295 cidades do Estado. Em 60 municípios foi decretada situação de emergência.
Óbitos ainda não atingiram os dois dígitos, mas a perda de qualquer vida humana é muito difícil para os catarinenses.
Apreciemos a gestão da crise gerada pela chuvarada. Começando por Brasília. Nada, absolutamente nada vindo de lá. Apenas um registro de rede social da parte do inquilino do Palácio do Planalto.
Não se viu nenhuma mobilização federal. Houve uma reunião emergencial, no domingo, convocada pela deputada federal Carol De Toni com os congressistas catarinenses. Seguramente vão pressionar o poder central. Mas não veio nenhum ministro ou encaminhamento de recursos e equipamentos para Santa Catarina. Desprezo total.
Diferentemente do que ocorreu no Rio Grande do Sul, que mês passado recebeu a visita do presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e alguns ministros.
Causa e efeito
Guardaria esse desprezo federal relação com o fato de termos por aqui um eleitorado massivamente conservador? Em 2018, Jair Bolsonaro fez 76% dos votos catarinenses. Em 2022, 70%. Mas não queremos crer que seja esse o motivo do desleixo. Deve ser apenas incompetência mesmo do desgoverno e não retaliação pelo componente eleitoral.
No trecho
Assim como o fórum parlamentar catarinense federal, também se registra a presença de deputados estaduais ajudando na mobilização junto às prefeituras e ao governo.
Definitivamente o Centro Administrativo está tendo uma atuação exemplar a partir do envolvimento da figura do próprio governador à frente de todo o processo.
Foco
Desde quarta à noite, Jorginho Mello derrubou a agenda e está exclusivamente dedicado à mitigação dos efeitos da chuvarada com ações integradas entre Defesa Civil, forças de Segurança, de Saúde e da Infraestrutura.
Na mosca
O maior elogio, contudo, é para sua decisão, corajosa e certeira, no que diz respeito ao fechamento das duas comportas da barragem de José Boiteux. Decisão evitada até então por ex-governadores frouxos, lenientes.
Estado dentro de um estado
A barragem, com capacidade de retenção de água de quase o dobro das outras duas somadas, está construída dentro de uma área indígena. Como se sentem e são praticamente intocáveis, os índios deitam e rolam na chantagem, no achaque. Essa é realidade.
Ativismo
A sociedade não aguenta mais tanta hipocrisia, tanto cinismo e tanto descaso em relação à vida de milhares, milhões de pessoas, no Vale do Itajaí, reféns de sete caciques que vivem a combinar o jogo. Seis aceitaram o último acordo fechado com o governo, mas um, como sempre, não aceitou.
Mão firme
A partir daí o governador tomou a decisão de acionar a PM para garantir a segurança dos técnicos que conseguiram fechar as duas comportas. Decisão corretíssima. A estrutura estava abandonada e vandalizada há anos por conta da chantagem indígena.
Sim, eles precisam de compensações e tudo o que pediram foi entregue. Mesmo assim, quiseram e sempre querem mais. Numa hora dessas, cara-pálida? Não dá realmente para aceitar.
Chuvarada
Basta olhar para enchentes do passado que atingiram Blumenau e Itajaí dá para perceber que foi mais do que acertada a decisão de Jorginho Mello. Foi fundamental para evitar estragos ainda maiores ante ao dilúvio que caiu sobre toda a região.
Massa de manobra
O governador pode sofrer um desgaste em função do acerto porque a velha mídia quer fazer aquela média de narrativa, ideológica, com os povos indígenas. O estado envida todos os esforços para atender os índios e a inundação em suas terras.
Modernidade
A grande realidade é que nós temos pouquíssimos índios vivendo fora do sistema estadual, fora do modo de vida moderno. A maioria usa Iphone, anda de carrões e faz viagens de avião.
Apenas números
Assim como acontece com vários miseráveis neste país, os indígenas estão sempre sendo usados pelo PT e pela esquerda. Ora como bucha de canhão, ora como escudo.
FUNAI, sempre ela!
Onde está a FUNAI, que tem a jurisdição legal sobre as sete aldeias? Mergulhou, submergiu. Agora certamente aparecerá para atacar o governo do estado e os catarinenses. Mas não fizeram nada, nunca, para realmente atender as necessidades dos moradores da reserva de José Boiteux. Só discurso, só manipulação.
Alto lá
Outro aspecto. Com estado debaixo d’água, isso é hora para proselitismos? Isso é momento para politicagem?
Palmas
Novamente: está de parabéns o governador Jorginho Mello, que já entrou para a história também por ter a coragem de agir corretamente em mais essa situação absurda criada pelo sistema de inversão de valores que tenta a todo momento se impor neste país.