Não faz muito, ainda era possível ouvir alguns ditos populares recheados de sabedoria. Um deles diz que “prevenir é melhor do que remediar.” Perfeitamente. Se encaixa como uma luva nos dias atuais, quando novamente prefeitos e governantes lançam mão do fechamento das cidades, o chamado lockdown, para tentar conter o avanço da pandemia.
Esta é a pior saída, na avaliação do colunista. Trancar as pessoas em casa, se contaminando da mesma maneira, e estrangular a economia é derrota em dose dupla.
Ontem, prefeitos da região de Tubarão anunciaram o endurecimento total. Para desespero de parte considerável da sociedade.
Há outras regiões em situação crítica, como a Foz do Rio Itajaí, a Grande Florianópolis, o Oeste, enfim. Se todos partirem para este encaminhamento, haverá quebradeira e mais desemprego, agravando o quadro social. Não é por aí.
Acesso
Faz-se necessário investir na prevenção. Algo que vem acontecendo, mas que só é acessível às camadas mais abastadas, que podem buscar atendimento na rede privada de saúde.
Ali, se usa a Cloroquina e outros medicamentos. Ao passo que o grosso da população não é atendida neste diapasão, daí o desespero por mais e mais leitos, estrutura, profissionais de saúde, numa roda viva que parece não ter fim.
Óbvio ululante
Oras, se houver o entendimento e o investimento maciço na prevenção, certamente se evitará que muita gente chegue ao extremo de ser internada numa UTI. É óbvio, mas infelizmente nem o óbvio mais parece fazer sentido nestes tempos em que todos são especialistas e falam sobre tudo o tempo todo. Aliás, esse é outro ponto. Passou da hora das autoridades interferirem menos na definição técnica do que deve ser feito e repassar esta reponsabilidade a quem de direito, ou seja, os médicos e profissionais de saúde.
Contra a censura
Em reunião virtual esta semana do Colégio de Presidentes de Seccionais, que reúne os presidentes das OABs de todos os Estados, o presidente da OAB/SC, Rafael Horn, obteve a aprovação de proposição contrária aos dispositivos do Projeto de Lei 2.630/20, o Projeto das Fake News, por violarem a liberdade de expressão. Com isso, a OAB nacional posiciona-se pela rejeição dos dispositivos da matéria que criam um “Conselho Censor” (Conselho de Transparência e Responsabilidade na Internet) e que concedem poderes de monitoramento e moderação aos provedores de redes sociais, contidas nos arts. 8º, 10, 12, 25 e parágrafos do PL. A posição e argumentos técnico-jurídicos serão levados ao Congresso Nacional.
Defensor público
O governador Moisés da Silva nomeou Renan Soares de Souza como o novo defensor público-geral de Santa Catarina. O chefe do Executivo escolheu o candidato mais votado, critério que sempre adota em respeito à preferência da categoria. Souza foi escolhido por 73 dos 115 defensores que participaram do pleito que contou com quatro candidatos ao cargo.
Respaldo
O Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM) apoia as novas medidas de isolamento social anunciadas pelo Governo de Santa Catarina, considerando as realidades regionais e municipais. “A superação deste momento difícil exige que, seguindo rigorosos protocolos de segurança, adequados a cada atividade e região, possamos proteger vidas em primeiro lugar, os empregos e as empresas dos catarinenses. Reiteramos a necessidade da ação cooperativa de todos os entes federativos para que possamos vencer o mais rápido possível mais este desafio”, diz o texto da nota. As medidas foram decretadas nesta segunda-feira, dia 13, e valem para os próximos 14 dias.