Blog do Prisco
Manchete

Prevenir é preciso

Não faz muito, ainda era possível ouvir alguns ditos populares recheados de sabedoria. Um deles diz que “prevenir é melhor do que remediar.” Perfeitamente. Se encaixa como uma luva nos dias atuais, quando novamente prefeitos e governantes lançam mão do fechamento das cidades, o chamado lockdown, para tentar conter o avanço da pandemia.
Esta é a pior saída, na avaliação do colunista. Trancar as pessoas em casa, se contaminando da mesma maneira, e estrangular a economia é derrota em dose dupla.
Ontem, prefeitos da região de Tubarão anunciaram o endurecimento total. Para desespero de parte considerável da sociedade.
Há outras regiões em situação crítica, como a Foz do Rio Itajaí, a Grande Florianópolis, o Oeste, enfim. Se todos partirem para este encaminhamento, haverá quebradeira e mais desemprego, agravando o quadro social. Não é por aí.

Acesso
Faz-se necessário investir na prevenção. Algo que vem acontecendo, mas que só é acessível às camadas mais abastadas, que podem buscar atendimento na rede privada de saúde.
Ali, se usa a Cloroquina e outros medicamentos. Ao passo que o grosso da população não é atendida neste diapasão, daí o desespero por mais e mais leitos, estrutura, profissionais de saúde, numa roda viva que parece não ter fim.

Óbvio ululante
Oras, se houver o entendimento e o investimento maciço na prevenção, certamente se evitará que muita gente chegue ao extremo de ser internada numa UTI. É óbvio, mas infelizmente nem o óbvio mais parece fazer sentido nestes tempos em que todos são especialistas e falam sobre tudo o tempo todo. Aliás, esse é outro ponto. Passou da hora das autoridades interferirem menos na definição técnica do que deve ser feito e repassar esta responsabilidade a quem de direito, ou seja, os médicos e profissionais de saúde.