O paulista João Doria entra na reta final do processo interno para escolher seu candidato à presidência com o quadro mais favorável para ele desde o início da corrida tucana.
Até a terceira semana de outubro, os ventos sopravam favoravelmente ao gaúcho Eduardo Leite. A capacidade de organização do PSDB paulista, contudo, mudou o cenário.
Os tucanos paulistas representam 60% do eleitorado do partido.
No próximo domingo, os filiados e militantes do PSDB vão às urnas para escolher entre Doria e Leite. Há, ainda, um terceiro nome como candidatura registrada. É a do ex-prefeito de Manaus e ex-senador, Arthur Virgílio Neto.
Tripé
Mas ele é figurante nesta disputa bipolar no tucanato. Arthur Virgílio deve ser mesmo candidato ao Senado, disputando justamente contra o notório Omar Aziz, que presidiu a CPI do Circo este ano.
Calmaria
De qualquer forma, esta semana Doria e Leite fumaram o cachimbo da paz, dando uma apaziguada nos ânimos.
História
O PSDB saiu esfacelado das urnas em 2018. Seu candidato à presidência, Geraldo Alckmin, fez menos de 5% dos votos em todo o país.
Teoria e prática
Na teoria, as prévias são salutares, um processo democrático dentro da legenda. Na prática, contudo, elas podem ter efeitos nocivos para o PSDB. Especula-se que o gaúcho Eduardo Leite pode mudar de partido se sair derrotado da eleição interna.
Tucanos catarinenses
A escolha nacional trará reflexos no PSDB catarinense. Candidato a governador em 2018, Gelson Merisio (E) entrou com tudo na campanha de Eduardo Leite em Santa Catarina. Se o gaúcho for o indicado, ele se fortalece internamente com vistas a 2022.
Ressurreição
No caso de uma vitória de João Doria, quem sai ganhando no estado é o ex-senador Paulo Bauer (D), o principal cabo eleitoral do paulista no ninho catarinense.
foto>arquivo, divulgação