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Prisões levam ao telhado candidatura de Temer

O cerco se fecha sobre o presidente Michel Temer. Nesta manhã, a Policia Federal prendeu o advogado José Yunes, amigo e homem de confiança do emedebista há mais de 50 anos. Outra pessoa íntima de Temer, o ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo, João Batista Lima, o Coronel Lima, recebeu a visita dos federais em sua casa e foi em cana.

O dono da empresa Rodrimar, que opera no Porto de Santos, e que teria sido beneficiada por um decreto assinado por Temer, Antonio Greco, também foi detido.

Pra finalizar, Wagner Rossi, ex-ministro da Agricultura de Lula da Silva e Dilma Rousseff e pai do líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi, completa o quarteto de presos do dia pela Polícia Federal.

Yunes, Coronel Lima e Rossi são do círculo íntimo de Michel Temer. A investida foi autorizada pelo ministro Luiz Roberto Barroso, do STF, que assume o papel de algoz do presidente no lugar do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, que deixou o comando do Ministério Público em setembro do ano passado.

Se já era frágil a ideia de o emedebista candidatar-se à reeleição, depois desta nova leva de detenções e recolhimento de documentos, agora ela está muito mais para as calendas da história do que para um projeto eleitoralmente viável.

IRONIA DO DESTINO

Wagner Rossi foi quem apresentou o açougueiro-bandoleiro Joesley Batista a Michel Temer anos atrás. A primeira bomba que estourou no colo do presidente depois do impeachment de Dilma Rousseff foi acionada pelo dono da JBS, através daquela gravação que Batista fez no porão do Palácio do Jaburu. O arquivo mostra que durante a conversa, Temer disse coisas como “tem que manter isso aí,” em alusão a continuar pagando propina a Eduardo Cunha para que o ex-presidente da Câmara não abrisse o bico.

Coronel Lima é detido pela Polícia Federal – foto>Reprodução, GloboNews

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