Coluna do dia

Privilégios sem fim

Privilégios sem fim

O STF já tem um novo porta-voz. Um novo intermediário, informal, atuando. Ainda nesse período de transição. Imaginem depois da investidura do novo governo Lula da Silva. Trata-se do célebre Renan Calheiros, para muitos Renan Canalheiros.
Esse cidadão, na época da Lava Jato, entre inquéritos e processos que tramitavam no Supremo, respondia a duas dúzias de ações.
Tudo no STF, claro, porque essa casta superior de mandatários tem a proteção da excrescência chamada foro privilegiado.
Esse mecanismo deveria ser muito restrito, a apenas algumas autoridades estratégicas. Neste país, contudo, o número de privilegiados atingiu patamares absurdos. São mais de 54 mil pessoas alcançadas por este guarda-chuva maravilhoso. A capa da impunidade.

Advogado

Voltemos ao canalheiros paz e amor. Ele agora atua em favor do STF. Obviamente porque estão arquivando seus inquéritos, derrubando as ações e processos contra o alagoano.

Sintonia fina

Ele virou o representante-mor dos interesses supremos. Afinal de contas, vivemos sob a ditadura da toga, onde o Judiciário impõe suas decisões violentando a Carta Magna. E obrigando o brasileiro a bater continência a eles. Sim, temos crime de opinião, de manifestação e por aí vai. E questionou, censura, prisão, perseguição.

Totalitarismo

Vivemos uma amargura bem própria de países subdesenvolvidos e totalitários. Agora o senhor Calheiros vem aí com uma PEC para emparedar definitivamente o cidadão tupiniquim.

Paraíso da rapinagem

Qualquer um que encontrar uma autoridade e manifestar sua indignação pode ser preso, processado e censurado. Simples assim. Só falta obrigar o cidadão assaltado a bater palmas para os assaltantes. Na escalada que estamos, logo chegaremos lá.

Superiores

São os deuses do Olimpo. Inatingíveis. Em compensação. Traficantes, estupradores, assassinos e ladrões em geral são protegidos e desencarcerados.

Exemplo vem de cima

A começar pelo ex-presidiário que saiu da cadeia diretamente para a candidatura presidencial e supostamente se elegeu. Essa é a realidade que estamos vivendo e enfrentando. Um STF com a ajuda da Câmara e do Senado encurralando o povo brasileiro. Deputados e senadores que são reféns do Supremo seguem empoderando a ditadura da toga.

Só piora

O pagador de impostos que se prepare. A tendência é recrudescimento. Cada vez mais o Supremo pressionando o brasileiro e suprimindo suas liberdades. E eles fortalecidos sob o respaldo do Congresso e a partir de 1 de janeiro apoiados pelo Executivo. Tenebrosos são os dias que estão por vir. É de bom alvitre estar preparado.

Naatz, o indiscreto

A cada semana, aumentam as expectativas e as conversas em torno da futura mesa diretora da Assembleia Legislativa, que será eleita e empossada na primeira sessão de fevereiro de 2023.
Há dois nomes postos. Ocorre que começa a chamar a atenção a atuação, sem muita discrição, do deputado estadual Ivan Naatz (PL). Ele vem articulando abertamente em favor do Progressista Zé Milton Scheffer que, aliás, é um excelente quadro.

Ascensão

O outro nome é do emedebista Mauro de Nadal, que já foi presidente da Casa por um ano e atuou com maestria. Também é dos melhores nomes da política estadual.

Numerologia

Essa preferência escancarada de Naatz na direção de Zé Milton pode ser traduzida como apoio do PL, partido, ao PP, que tem três deputados e permanecerá com este número na próxima legislatura? O MDB hoje tem três vezes mais deputados e ficará com o dobro do PP nos próximos quatro anos, seis cadeiras.

Ruídos

Outro aspecto: a bancada do PL é representada por Naatz nestas investidas em favor de Zé Milton? E o governador eleito, Jorginho Mello, está ao par e sintonizado com o aliado blumenauense nestas costuras? São dúvidas que começam a gerar ruídos mais altos nos bastidores da política estadual.

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