O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve ter variação próxima a zero – ou negativa – em 2016. O desempenho, por si só preocupante, é ainda pior se levarmos em conta que a comparação é com 2015, quando a economia já teve desempenho insatisfatório. Ou seja: estamos em um período de crise econômica. Muitos, ao chegarem a essa constatação, imediatamente são acometidos por um sentimento comum: o pessimismo, que pode ser o caminho mais curto para a paralisia.
Vale, nesse ponto da reflexão, lembrar uma história que os mais velhos conhecem. Quando a presença de animais ainda era comum nos circos, elefantes eram amarrados a um toco de madeira na frente das lonas e serviam de “outdoors vivos”, chamando a atenção para a agenda dos espetáculos. Enormes e fortes, os animais por certo poderiam se livrar com facilidade das correntes – e até derrubar o circo, se fosse essa sua intenção. Em vez disso, condicionados desde jovens, quando ainda eram fracos, os animais permaneciam estáticos. Seu enorme potencial, a energia descomunal de um bicho com toneladas de peso, era desperdiçado.
A crise pode fazer isso conosco. A insegurança nos condiciona à paralisia e gera medo. O sentimento de insegurança é a corrente que amara nossa perna e impede o crescimento profissional. Temos de resistir. Não é o caso, óbvio, de ignorar as dificuldades do mercado. Mas é o momento de fazer o necessário para conquistar espaço com planejamento, foco e coragem.
Antes de mais nada, precisamos ter bons produtos ou serviços. A oferta de itens que satisfaçam o consumidor, capazes de curar uma “dor” que o público sente, é essencial. A partir daí, é preciso ignorar as vozes – interna ou externas – que repetem e repetem e repetem o “não vai dar certo” e agir. A atitude vencedora, afinal de contas, é essencial para conquistar a confiança dos potenciais clientes. Você deve ser primeiro a acreditar na qualidade daquilo que vende.
O passo seguinte, complemento óbvio do primeiro, é conhecer a fundo os produtos que oferece. Só dessa forma o vendedor poderá mostrar aos interessados, com propriedade e segurança, como seu serviço ou mercadoria é capaz de atender às demandas do interlocutor. Nesse caso, é importante também buscar a objetividade, mostrando com clareza como a negociação será benéfica para todos os envolvidos.
As práticas descritas acima ajudaram a Agemed a multiplicar mais de cem vezes o número de beneficiários de seus planos de saúde em 18 anos e levaram a empresa a figurar entre as 50 maiores do país no setor. Ainda assim, é claro que as dicas não são uma receita acabada ou uma fórmula única e inevitável para o sucesso. Há, porém, um conselho que vale para qualquer caso. Acredite em você. Cultive uma atitude vencedora. Assim o sucesso será apenas questão de tempo.
Mário Silva – diretor nacional de vendas da Agemed