A Prefeitura de Criciúma, por meio da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), através da Coordenadoria de Operações com Cães, Núcleo de Operações com Cães (NOC) de Criciúma, da 6ª Delegacia Regional de Polícia (DRP), retomou a realização do programa “K9 na Escola”. Implantada em 2023, a iniciativa já contemplou mais de 25 escolas municipais, beneficiando aproximadamente 3 mil crianças. O programa tem como objetivo aproximar a comunidade escolar das forças de segurança e conscientizar os alunos sobre a prevenção ao uso e envolvimento com o tráfico de drogas, entre outras condutas ilícitas, além de incentivar os estudantes a buscarem melhores condições de vida, longe de condutas criminosas.
O programa ganhou alcance estadual e será implantado em outras cidades catarinenses, além de outros dois estados, sob a orientação e coordenação de Criciúma. “Nós acreditamos que a educação e a prevenção são fundamentais para construir uma sociedade mais segura e saudável. O programa é um passo importante nessa direção, ajudando a criar uma cultura de paz e responsabilidade desde a infância”, ressaltou a secretária municipal de Educação, Alexsandra Stols Pelegrim.
Como nasceu o programa “K9 na Escola”?
A iniciativa foi idealizada pela policial civil Sandra Vaz, componente da Coordenadoria de Operações com Cães da PCSC e condutora do cão de faro Luah. Ela percebeu que, quando o cão atua em mandado de buscas, as crianças ficam mais calmas. Um dos propósitos do programa é orientar as crianças, especialmente, em áreas do munícipio onde a polícia realiza mais operações. “Essas escolas que visitamos são selecionadas propositalmente para que as crianças tenham a orientação. Elas acabam sabendo o que é a Polícia Civil, o que ela faz e qual a sua finalidade na sociedade em geral”, explicou.
Conforme a policial civil, ao entrar na sala de aula, Luah é recepcionada com curiosidade e animação pelos alunos. “Tem sido maravilhoso fazer esse trabalho. A recepção é sempre muito boa e as crianças nos falam que querem fazer parte da Polícia Civil. Isso nos emociona, especialmente, por se tratarem de regiões mais vulneráveis. Realmente, é uma perspectiva que nos deixa imensamente felizes”, comentou.
De acordo com o coordenador-adjunto da Coordenadoria de Operações com Cães de Criciúma, delegado Vitor Bianco Júnior, o programa gera resultados positivos e as crianças entendem o significado e a importância dos ensinamentos repassados em sala de aula. “Depois das visitas, é comum aparecerem denúncias de situações que as crianças passam, além da valorização do trabalho, do estudo e do respeito às regras da escola. Então, é um trabalho de cidadania”, relatou.
O programa “K9 na Escola” e as atividades pedagógicas
A orientadora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Cinara Lino Colonetti, atua no programa “K9 na Escola” e relata que existe um trabalho de estudo e orientação para a produção das atividades realizadas em sala de aula. As ações são desenvolvidas de uma forma pedagógica para que as crianças entendam a função da PCSC.
“O programa de prevenção ao uso de drogas e promoção da cidadania nas escolas visa orientar os alunos a tomar decisões conscientes, resistindo à oferta de drogas e promovendo atitudes positivas. Isso é alcançado por meio de atividades educativas, como palestras e seminários, que envolvem não apenas os alunos, mas também suas famílias e comunidades”, afirmou Cinara.
A importância do programa “K9 na Escola”
O programa “K9 na Escola” desempenha um papel significativo na promoção da cidadania e na prevenção ao uso de drogas e de práticas ilícitas, além de fortalecer os laços entre a escola, a comunidade e as autoridades locais. A interação dos alunos com o projeto busca promover valores como respeito, responsabilidade e cuidado com os animais. A presença da Polícia Civil nas escolas incentiva a colaboração entre a comunidade local, as autoridades policiais e os educadores na promoção de um ambiente mais seguro e saudável para todos.
A iniciativa ajuda, ainda, os alunos a se sentirem seguros e confiantes para denunciar atividades suspeitas ou perigosas, promovendo uma cultura de responsabilidade e participação ativa na comunidade escolar. “As crianças adoram as visitas. Existe toda uma crença de que a polícia é algo ruim. Com o programa, esse paradigma é quebrado. Assim, eles têm a oportunidade de ver que a polícia é amiga da criança e que está ali para proteger cada um deles”, reiterou Cinara.