Blog do Prisco
Manchete

Pronampe não será suficiente para salvar empresas e empregos entre os bares e restaurantes de SC

Um dos setores mais impactados pela crise provocada pela pandemia, a alimentação fora do lar – que envolve bares e restaurantes – já registra 25% de fechamento de empresas e 33% de demissões. Uma pesquisa da Abrasel em Santa Catarina, finalizada na última sexta-feira (31), aponta para a dificuldade na obtenção de crédito, alternativa que poderia dar fôlego aos negócios, ou ao menos amenizar este quadro. Mesmo com a injeção de mais R$ 12 bilhões ao Pronampe, anunciada na última quinta-feira (30), a consulta demonstra que os valores serão insuficientes.

            Entre os empresários entrevistados, apenas uma minoria de 14,4% teve acesso ao crédito, e, destes, somente 30,8% obtiveram o valor integral. Mais de a metade (55%) julga o acesso ao empréstimo fator imperativo para a sobrevivência dos negócios até 2021”, afirma Raphael Dabdab, presidente da Abrasel

            Com o fluxo de caixa já comprometido, onde 73,3% dos consultados estão com atraso nos pagamentos e ainda terão de pagar, a partir do mês de agosto, os impostos que foram diferidos juntamente com aqueles do mês anterior. “É preciso que o Governo Federal injete mais recursos nas linhas de crédito e também reduza a carga tributária, para que as empresas voltem a respirar, antes que seja tarde demais. Além disto, o Governo Estadual e os municípios também precisam dar a sua parcela de contribuição para preservar as empresas e empregos. Até o momento, nem mesmo as taxas municipais de coleta de lixo e de iluminação foram abonadas, no período de lockdown”, destaca o presidente.

            “Passados cinco meses da pandemia, e com a certeza  de que a retomada será lenta, é imperativa a redução da carga tributária também nas esferas estadual (ICMS) e municipal – IPTU e taxas de recolhimentos de resíduos e de iluminação para citar alguns exemplos”, frisa Dabdab, que completa: “Garantir a sobrevivência do setor produtivo deveria ser uma preocupação também dos estados e municípios. Sem contribuintes não tem saúde, educação e segurança pública, finaliza Dabdab.