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Prontos para recomeçar

Na última semana, recebi no meu gabinete o secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, Giovani Feltes. No telão da sala de reuniões, passávamos um vídeo com uma série de indicadores sociais e econômicos que colocam Santa Catarina em destaque no cenário nacional. Após assisti-lo, o colega gaúcho comentou: “um dia também queremos ter números como os de vocês”. Obviamente eu me enchi de orgulho. Não só porque sou secretário da Fazenda de nosso estado, mas principalmente porque sou catarinense e fico feliz em ver minha terra ser modelo em gestão pública.

Entre os indicadores que reforçam a condição exemplar de Santa Catarina, destaco o ranking dos estados mais competitivos do Brasil. Ocupamos a terceira posição nessa almejada lista, depois de São Paulo e Paraná. Isso quer dizer que estamos à frente de estados bem mais representativos em termos de Produto Interno Bruto – como Minas Gerais, Rio de Janeiro e o próprio Rio Grande do Sul. O estudo, elaborado pelo Centro de Liderança Pública e divulgado em São Paulo no final de 2015, tem parceria com a unidade de pesquisa e análise da renomada revista inglesa The Economist.

Uma questão que me chamou a atenção foi o fato de Paraná e Santa Catarina serem os únicos estados que aparecem em todas as listas dos cinco melhores estados nos principais quesitos do estudo: infraestrutura, segurança pública, solidez fiscal, sustentabilidade social e educação. Isso mostra um equilíbrio dos nossos investimentos, permeando diferentes áreas. O estudo é um termômetro para o cidadão medir o desempenho da gestão pública de seu estado. É claro que o ranking não é feito para inflar o ego dos governantes dos estados mais bem colocados. Sua importância vai muito além.

Para mim, o levantamento mostra ao mercado que Santa Catarina tem ótimas condições de desenvolvimento social e econômico de receber investimentos, um bem escasso nesses tempos de incertezas econômicas. Essa sinalização positiva aos investidores é fundamental porque o ambiente favorável aos negócios alimenta a roda da economia. Empreendimentos criam empregos. Trabalho gera renda. Dinheiro no bolso do trabalhador leva ao aumento do consumo. Pessoas consumindo mais impulsionam novos investimentos e, claro, beneficiam a arrecadação de impostos.

Com mais recursos nos cofres públicos, o governo tem melhores condições de atender as demandas básicas do cidadão por saúde, segurança e educação. E ainda consegue investir em infraestrutura, estimulando novos negócios e, assim, sucessivamente. Ao apostar num modelo de crescimento econômico e social que se retroalimenta, Santa Catarina se tornou um estado mais forte. Não estamos blindados contra a crise. Tanto que perdemos postos de trabalho e sofremos com a queda na arrecadação em 2015, embora numa escala bem menor do que a maioria dos estados brasileiros.

A grande diferença é que estamos mais preparados para recomeçar. Esse é o principal reflexo de uma gestão que trabalha com um olho no presente e outro no futuro. Tenho a certeza de que quando tivermos a tão esperada retomada do crescimento econômico, Santa Catarina vai largar na frente e mais uma vez teremos motivos para nos orgulhar do nosso estado.

 

 

Antonio Gavazzoni, secretário da Fazenda.

 

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