Manchete

PSB muda o perfil em SC

O fato político da terça-feira em Santa Catarina foi a decisão do diretório estadual do PSB, pilotado pelo ex-deputado Cláudio Vignatti, de liberar os dois deputados estaduais que ainda estão filiados à legenda: Laércio Schuster e Nazareno Martins.

Os dois foram eleitos ainda no tempo que outro ex-deputado, Paulo Bornhausen, comandava a sigla em Santa Catarina.

O movimento do PSB catarinense é reflexo das articulações do ex-presidiário Lula da Silva no contexto nacional. Carlos Siqueira, comandante dos socialistas, está promovendo a depuração do partido, algo como um reencontro com suas origens canhotas.

A liberação dos parlamentares estaduais fecha um ciclo no PSB, originado na candidatura presidencial de Eduardo Campos em 2014. O pernambucano morreu durante a campanha, Marina Silva assumiu a candidatura e não obteve êxito.

Campos trouxe o clã Bornhausen para o seu projeto nacional naqueles dias. Hoje Paulo Bornhausen dá as cartas no Podemos catarinense.

 

Mais um

No tabuleiro de 2021, há indicativos de que o senador Dário Berger pode migrar para o PSB, o que não seria nenhum espanto. Ele muda de partido como quem troca de camisa e está no MDB assim como já esteve em outras seis legendas.

 

Jogo duro

A perspectiva seria a candidatura a governador de Dário Berger, que dificilmente conseguirá o espaço no Manda Brasa.

Vale lembrar que o irmão de Dário, Djalma Berger, teve passagem pelo PSB quando detinha mandatos.

 

Conversa fiada

Especulações sobre as ligações de Dário Berger com o PSB vem de há algum tempo, desde que começou a disputa interna no MDB pela indicação do candidato a governador.

Houve uma conversa mole de que se ele fosse o nome do MDB, o PSB viria a reboque do projeto. Não colou, obviamente. A mais recente foi na semana passada, quando Márcio França, ex-governador de São Paulo, esteve em Santa Catarina.

 

Rir e gargalhar

O paulista declarou que Dário seria um grande vice para Lula da Silva. Perspectiva zero disso acontecer. Márcio França se mostrou um grande piadista.

 

Arregaçar as mangas

A verdade é que Dário Berger terá que trabalhar em 2022 se quiser se eleger deputado. Estadual ou federal. Se disputar na majoritária, vai levar lambada de todo lado.

 

Diplomacia

Cláudio Vignatti deu um tom político à decisão, no melhor estilo diplomata. Disse que a saída foi “construída sem traumas para o partido e os parlamentares. O PSB precisava sinalizar para a sua militância e também à sociedade catarinense o rompimento definitivo com seu passado recente de incoerências e contradições insuperáveis do ponto de vista político.”

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