Esta semana, boa parte da bancada do PSD na Câmara dos Deputados foi recebida por Henrique Meirelles (titular da Fazenda). O mote do encontro, na casa do ministro, foi a “comemoração dos números da economia” (que está, finalmente, em recuperação). Como pano de fundo, os parlamentares do partido, ao qual Meirelles é filiado, começaram o ensaio para uma possível candidatura dele a presidente em 2018. O grupo apresentou a proposta ao correligionário que, corretamente, apenas sorriu. Dos três federais do PSD catarinense, João Rodrigues e João Paulo Kleinübing estavam presentes. Rodrigues, aliás, revelou à mídia nacional, que uma das estratégias para a consolidação do projeto é uma viagem do ministro pelo Brasil. A exemplo das incursões internacionais que ele tem feito para “vender” o novo momento brasileiro no exterior. Cesar Souza não compareceu ao encontro
Para os deputados pessedistas, candidatura de Meirelles “soaria como música aos ouvidos da sociedade.” Por dois motivos principais: um concreto e outro ainda no nível da possibilidade. Meirelles é um grande gestor e pode se tornar uma espécie de salvador da pátria, pilotando a recuperação da economia no vácuo da pior recessão da história deste país. Depois da reunião, o ministro tuitou, negando que será candidato. Emblemático.
Nuances
Vale lembrar que o PSD, de Meirelles e Rodrigues, é o partido do governador Raimundo Colombo. Significa que se ele for mesmo candidato a presidente, pode haver reflexos diretos na composição estadual.
História se repete
Assim como Meirelles se ensaia na perspectiva de repetir o fenômeno Fernando Henrique Cardoso, de 1994, quando saiu diretamente do ministério da Fazenda para o Palácio do Planalto, a pulverização de postulantes presidenciais no primeiro turno pode repetir o pleito de 1989, quando houve nada mais nada menos do que 22 concorrentes à cadeira que era ocupada por José Sarney.
Proa
Naquele ano, o da primeira eleição direta para presidente depois do período militar, houve pelo menos 10 candidaturas com alguma consistência: Leonel Brizola, Lula da Silva, Fernando Collor, Roberto Freire, Paulo Maluf, Afif Domingos, Ulysses Guimarães, Aureliano Chaves, Mário Covas e Ronaldo Caiado. Não se de se espantar se quadro semelhante seja pintado no ano que vem.
Prisão
O mundo jurídico, universitário e político de Santa Catarina foi pego de surpresa ontem logo cedinho com a prisão do reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier. Ele e outras seis pessoas foram alvo da Operação Ouvidos Moucos, da PF. Eles são suspeitos de desvios de cerca de R$ 80 milhões no sistema de Ensino à Distância da UFSC.
Tomara
Deputado Rogério Peninha Medonça levou uma comitiva de prefeitos do Alto Vale do Itajaí para audiência com Michel Temer esta semana. Todos devidamente fardados com camisetas, clamando pela continuidade e aceleração das obras de duplicação da BR-470, a segunda principal rodovia do Estado. O presidente prometeu liberar recursos para a continuidade. Tomara que seja verdade. A duplicação já deveria estar pronta há pelo menos uma década!
Segurança
Um dos pontos de destaque da agenda dos deputados Gelson Merisio e Silvio Dreveck (presidente da Alesc) em Israel, foi a visita à Universidade de Tel Aviv, que atua em parceria com o Estado e a iniciativa privada para desenvolver inovações, além de empresas de Segurança com soluções tecnológicas, como drones para monitoramento de ações policiais e contra atentados, câmeras inteligentes que reconhecem foragidos e emitem alertas automáticos, e uma série de outras soluções que buscam aumentar a eficiência do trabalho de prevenção ao crime.