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PSD-SC às raias do desespero ante o crescimento do PL

A nova passagem de Jair Bolsonaro por Santa Catarina, desta vez para agendas em Florianópolis e Camboriú, enseja algumas leituras sobre este período pré-eleitoral.

A primeira delas é: o PSD, que se diz um partido de centro, só tem um único bolsonarista no estado, que é o prefeito de Chapecó, João Rodrigues? Sim, porque não se viu ainda uma única imagem dos deputados pessedistas, Julio Garcia, Napoleão Bernardes e Mário Motta, ao lado do ex-presidente. O mesmo vale para o presidente estadual da legenda, Eron Giordani, e para os dois federais, Ismael dos Santos e Darci de Matos (no exercício do mandato).

Não importam o que digam, os fatos se impõem. E definitivamente esse grupo citado não é bolsonarista. Ponto.

Outros fatos relevantes. Não é de hoje que o partido de Gilberto Kassab apoia expressamente o governo Lula da Silva (PT) em Brasília, e em Santa Catarina tenta se vender como mais bolsonarista que o próprio Bolsonaro.

A temperatura tem subido paralelamente ao crescimento do PL e ante a ameaça às posições do PSD em cinco dos maiores colégios eleitorais do Estado.

Em Florianópolis já é dado como certo nos bastidores a mudança do prefeito Topázio para o PL em 2025.

Em Joinville, o deputado Sargento Lima vai enfrentar o candidato apoiado pelo PSD, atual prefeito, Adriano Silva.

Em Chapecó o PL vai lançar candidato para enfrentar João Rodrigues, meio Kassab, meio Bolsonaro.

Em Criciúma, Guidi traído pelo PSD, vai correr pelo PL à prefeitura.

Em São José, Adeliana Dal Pont, que figura há muito tempo como favorita nas pesquisas, vai enfrentar Orvino Coelho, do PSD.

Os ataques sistemáticos à Adeliana têm ido da baixeza à infantilidade. Narrativas sórdidas em cima de fotos do tempo de guaraná com rolha chegam ao cúmulo de defender figurativamente que nem Bolsonaro era bolsonarista.

Por falar em São José, nessa sanha de dossiês do PSD contra candidatos do PL nas maiores cidades se observa claramente uma atenção toda especial no quarto colégio eleitoral do Estado. Até porque, o assessor de imprensa do prefeito Orvino Coelho é o jornalista Maurício Locks, o mesmo que responde pela assessoria de comunicação do PSD estadual. Aliás, o profissional trabalhou com Jorginho Mello no início do mandato do hoje governador no Senado e depois migrou para os lados do ex-governador Carlos Moisés.

Um misto de desespero e despreparo pelas siglas fisiológicas que se veem embretadas no atual cenário e que traz à ribalta a conspiração do PSD contra o PL em Santa Catarina.

É o PSD que busca cassar Jorge Seif e emplacar Colombo no tapetão do TSE para o Senado. É o PSD que apoia medidas no Congresso contra Bolsonaro, e que não ergue uma palha para defender os patriotas perseguidos pelo STF.

Ora, assumir-se como Centrão, tal qual fez o Manda Brasa, cairia menos mal ao partido bipolar de Kassab, que em Brasília é escancaradamente fiel escudeiro do PT (com votos no Senado na CPMI sobre os atos do dia 8 visivelmente contra Jair Bolsonaro).

Não tem colado, e dificilmente vai colar, essa tentativa, embora a ofensiva pareça implacável, mas que, na verdade, é frágil, do PSD em perseguir o PL, sobretudo em Santa Catarina.

Foto> João Rodrigues, o único bolsonarista declarado do PSD-SC, em pé atrás de Gilberto Kassab em um registro fotográfico de meados da década passada. Certamente, o prefeito de Chapecó segue Kassab há mais tempo que segue Jair Bolsonaro – Crédito: Prefeitura de Ilhota, arquivo, divulgação

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