Coluna do dia

PSD-SC no brete

Jorginho Mello deu uma bela de uma encurralada no PSD. Mas, por ora, apenas setores do União Brasil estão a reagir na Capital. Ou muito provavelmente a corrente liderada pelo ex-prefeito Gean Loureiro.

O tamanho dessa ala dentro do UB é uma incógnita. Se sabe, no entanto, que ele se encontra meio isolado. Senão vejamos. O único deputado federal do partido, que preside a legenda no estado, Fábio Schiochet, não admite outra solução que não seja a de respaldar a reeleição de Topázio Silveira Neto.

Assim como os três deputados estaduais e os três vereadores alojados na Câmara de Florianópolis. Então temos aí sete detentores de mandato, todos fechados com o atual prefeito.

Quem, portanto, Gean levaria para respaldar Dário Berger (mais provável) ou Pedrão Silvestre? Seus ex-secretários municipais? Mas qual a representatividade desse grupo? Gean Loureiro ainda é o maior eleitor da Capital. Ponto.

 

Respingos

Resta saber como vai estar ao longo da campanha, considerando-se aí uma série de operações em curso, sendo que a mais sensível e mais recente delas, até aqui, é a Presságio, que levou à prisão Ed Pereira, seu ex-colaborador e amigo pessoal. Os dois são correligionários.

 

X9

Ele pode recorrer a uma delação que circunstancialmente pode respingar em Gean Loureiro.

 

Cara de paisagem

Quando afirmamos que o PSD ainda não deu demonstrações de que sentiu o golpe, é pelo seguinte. O ex-prefeito do UB, que recebeu o apoio dos pessedistas para concorrer ao governo e abrir o espaço de vice a Eron Giordani e a Raimundo Colombo ao Senado em 2022, está agindo com pragmatismo.

 

Ponte

Ele já percebeu que o grande patrocinador do projeto de reeleição de Topázio Neto é o governador do Estado. O PL vai indicar o vice. O PSD está fazendo cara de paisagem. Como se nada estivesse acontecendo. Se fazendo de desentendido.

 

Sem volta

É evidente que uma vez reeleito, Topázio estará com Jorginho. Seja no PL, seja no Republicanos ou no Podemos, duas legendas que vão se transformar em apêndice dos liberais.

 

Embretado

Qual a saída para o partido? O prefeito de Florianópolis está no PSD. Participa das reuniões, eventos, mobilizações pelo interior, mas já está acertado com o governador.

 

Incógnita

O que eles vão fazer? Apoiarão outra candidatura, assim como Gean? O União Brasil vai estar com Topázio. O ex-prefeito vai abrir uma dissidência. E o PSD, vai abrir outra dissidência tendo o prefeito filiado ao partido e candidato à reeleição?

 

Dissimulados

Vão ter que agir no contexto da dissimulação, esperando que Topázio fique com eles. Só que não, ele não vai ficar.

 

“Tudo junto”

O UB vai estar também com Jorginho Mello. Se trata de um partido que tem tudo para estar numa federação com o PP e o Republicanos. O PP hoje encontra-se fechadaço com Jorginho em SC e o Republicanos já está sob o controle do governador.

 

Em família

O deputado federal Jorge Goetten foi para a proa da sigla pelas mãos de Jorginho, que colocou seu irmão, Juca Mello, de vice-presidente estadual.

 

Bicho pega

O PSD está absolutamente engessado, imobilizado, não sabe para onde correr. Vai ter que fazer de conta que vai trabalhar por Topázio, sabendo que logo, logo o prefeito vai dar um aceno, um tchauzinho para eles.

 

Aham

Ah mas o PSD vai eleger outros prefeitos. Aonde exatamente? Chapecó? Evidentemente que João Rodrigues tem tudo para se reeleger. Mas vai passar trabalho.

 

Passado e presente

Uma vez confirmada a coligação com o PT indicando o vice do MDB, a campanha vai esquentar no Oeste.

 

Telhadão

As muitas vulnerabilidades de João Rodrigues virão à tona. Papuda, Paraguai, algema no aeroporto, filminho pornô na Câmara dos Deputados e outras coisitias mais. E o PL ainda vai lançar candidato na Capital do Oeste.

 

Derrapada

Em Balneário Camboriú, aonde foi a única situação em que o governador perdeu a mão, o PSD vai ter que trabalhar dobrado.

 

Desempenho

A candidata é boa, apesar do desgaste do pai, Leonel Pavan, mas Juliana Pavan vem se havendo muito bem. E provavelmente terá o apoio do deputado Carlos Humberto. Para o PSD, a perspectiva é essa: vencer em Chapecó e Balneário Camboriú entre os 15 maiores municípios.

 

Tchau, queridos

Esqueçam Topázio Neto. As cabeças coroadas pessedistas hoje usam o discurso de que administram o maior número de catarinenses. Aguardemos 1 de janeiro de 2025. O PSD-SC está batendo pino.

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