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PSD X DEM

Atentos observadores da cena política enxergam uma boa dose de ingenuidade nas ações políticas do deputado federal João Paulo Kleinübing, pré-candidato ao governo pelo DEM.

Ele tem dito a correligionários, de forma reservada, que pretende atrair o PP, compondo com Angela Amin de candidata a vice na chapa encabeçada por ele.

A questão é saber como JPK conseguirá atrair o Progressistas. Em termos de tamanho, de musculatura política, não há comparação entre PSD, que tem um pré-acordo com o PP, e o DEM.

Somando-se prefeitos e vices, os pessedistas têm quase 100 mandatários. Contam com 9 deputados estaduais e dois federais. O DEM tem um federal e nenhum prefeito em Santa Catarina.

Outro aspecto a ser considerado. O casal Esperidião e Angela Amin poderia ter maior preferência pessoal por João Paulo Kleinübing, em detrimento de Gelson Merisio, pré-candidato do PSD ao governo.
Mas é sabido que os Amin não controlam mais a ala majoritária do PP.

Enxugando gelo

Também porque os progressistas, na mesma convenção em que elegeram Esperidião Amin e Silvio Dreveck (que agora trocaram de posição na proa do partido), assinaram carta-compromisso de aliança com o PSD, justamente o partido do qual Kleinübing saiu para assinar no DEM.

Tiro no escuro

Se JPK realmente quer espaço majoritário, muito provavelmente ficará com a opção do MDB. Partido que não tem nada a ver com a história dele e a do pai, ex-governador Vilson Kleinübing. Muito pelo contrário. A turma do Manda Brasa sempre foi oposição aos Kleinübing.

Os mesmos estrategistas voltam a afirmar, como já foi registrado no blog, que  João Paulo cometeu um grande equívoco ao sair do PSD para mergulhar na aventura que atende pelo nome de DEM.

Geografia

Com a renúncia de Napoleão Bernardes, confirmada para esta quinta, 5, a situação fica ainda mais complicada para JPK. O PSDB também é um partido muito maior do que o Democratas. Se o MDB tiver que optar entre as duas siglas, optará pelos tucanos. E Napoleão é da mesma base política de Kleinübing.  Por fim, mesmo que o deputado consiga candidatar-se ao Senado na chapa com o MDB, a pergunta que não quer calar é: os emedebistas votariam em um Kleinübing?

E agora?

Em suas andanças, João Paulo Kleinübing também afirma que dará palanque presidencial a Jair Bolsonaro, do PSL. O que é muito improvável. Quem levou JPK para o DEM foi o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, outro que se apresenta como presidenciável. Confirmou a intenção, novamente, em entrevista na Rádio CBN na manhã desta segunda-feira. Se Maia realmente lançar a candidatura nacional, João Paulo terá que dar palanque a ele em Santa Catarina.

PSDB e DEM

Se Rodrigo Maia não for candidato à Presidência, ele pode ir ao governo do Rio de Janeiro ou até mesmo ser vice de Geraldo Alckmin, o presidenciável tucano. Mesmo que não seja Maia, o vice do tucano paulista deve ser um Democrata. Neste contexto, João Paulo Kleinübing não vai estar com Jair Bolsonaro. Estará no palanque do PSDB. Complicado para ele,  considerando-se que Napoleão Bernardes (tucano e de Blumenau) estará no páreo sucessório.

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