Coluna do dia

PSDB, a noiva

PSDB, a noiva

O movimento do PMDB de sair do governo Dilma e defender abertamente o impeachment também significa que a legenda está mudando de parceiro em Santa Catarina. Mauro Mariani e Eduardo Moreira lideraram o diretório estadual, que foi o primeiro a pular fora do governo Dilma. Em Santa Catarina, somente o deputado federal Celso Maldaner ainda resiste na trincheira governista.

Não faz muito, PMDB e PT estavam se aproximando e até compondo em Santa Catarina. Basta lembrar que Cláudio Vignatti, presidente estadual do PT, foi guindado à diretoria da Eletrosul junto com os peemedebistas Djalma Berger  e Paulo Afonso Vieira. O próprio Vinícius Lummertz também comandou a Embratur numa articulação com o PT. Estava em curso uma composição já com vistas em 2018. A guinada peemedebista muda o cenário. O partido vai buscar o PSDB, que tem tudo para ser a noiva  preferencial aqui no Estado daqui em diante. Cobiçada, ainda, por PSD, dentro do projeto estadual de Gelson Merísio, e pelo próprio PP, com Esperidião Amin. Mas vai ser preciso combinar com os russos, ou melhor com os tucanos, já que a legenda também tem nome para a majoritária estadual. É o senador Paulo Bauer, que fez expressiva votação em 2014!

 

Ação mantida

Deputado Gelson Merisio (PSD) cobrou e conseguiu incluir no projeto que autoriza uma nova negociação da dívida com o governo federal, protocolado ontem na Alesc, a exigência de que o Estado não desista da ação no STF, questionando os valores e afirmando que a dívida está zerada, o que ficou conhecida como Tese de Santa Catarina.

 

Exigência federal

Semana passada, a União enviou projeto ao Congresso exigindo que qualquer questionamento na Justiça fosse retirado para conceder os 40% de desconto nas parcelas mensais, durante dois anos. Para Merisio, a ação conjunta do governo estadual e da Assembleia é uma forma de garantir que o interesse geral dos catarinenses se sobreponha a interesses imediatos.

 

Constrangimento geral

Para o PMDB e o vice Michel Temer. Ocorre que Renan Calheiros e Eduardo Cunha, notória dupla peemedebista que comanda as duas casas legislativas, não convive naturalmente com qualquer movimento pela ética na política ou coisa que o valha. Renan já coleciona 9 denúncias protocoladas contra ele no STF pela Procuradoria-Geral da República. Cunha já é réu por unanimidade. São desdobramentos da Lava Jato, onde estão enrolados até o pescoço.

 

Caras-de-pau

Eduardo Cunha sentar na primeira fila da mesa peemedebista que anunciou o desembarque do governo Dilma é de uma desfaçatez sem tamanho. Por falar nisso, o adjetivo serve também para o PMDB em geral, que gritou “Fora, PT.” O Manda Brasa está com os petistas há 13 anos. Ficou até terça-feira!

 

Inversão

Parlamentares aliados ao Planalto não se dão por vencidos após a saída do PMDB. Lembram que não é o governo que precisa arrumar 171 votos e sim a oposição que necessita contabilizar 342 aliados na Câmara para aprovar o impeachment. Até por que as ausências e abstenções favorecem a permanência de Dilma

 

Loteamento

Já da série papo-furado, entra o ministro Jacques Wagner, pregando “repactuação do governo”. Na verdade, é loteamento mesmo, varejão. Até amanhã, haverá reforma ministerial. Serão entregues ministérios importantes até para partidos nanicos, de aluguel. Mas a concentração de cargos e benesses vai se concentrar no PP e no PR, que têm bancadas expressivas na Câmara.

 

Ainda não

Dilma Rousseff cancelou viagem ao exterior para não entregar o governo a Michel Temer. Ela tenta resistir com a tática de distribuir cargos e favores para se salvar da degola. O governo, aliás, encontra-se absolutamente paralisado. Só se move em torno da Lava Jato e do Impeachment!

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