Coluna do dia

PSDB acena para PSD-PP

O senador Paulo Bauer e o ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, percorreram vários municípios do Alto Vale do Itajaí no fim de semana. Faz parte do momento, chamado de “pré-eleitoral”, mas que já tem gosto de campanha mesmo. Bauer retoma o ritmo. Ele deu uma patinada depois que o ministro Edson Fachin, do STF, autorizou investigação contra ele sobre suposto caixa 2 em 2014.

Nos intervalos entre as visitas a hospitais, prefeituras, empresas e entrevistas a meios de comunicação, os líderes aproveitavam para almoçar, tomar café ou simplesmente conversar com os correligionários locais.

Por onde passaram, ouviram apelos no sentido de que o partido desça do muro e escolha aliar-se ao grupo de PSD e PP, que tem o PSB e outras legendas já muito próximas. O projeto é liderado por Gelson Merisio. No PP, os nomes para possível majoritária vêm da família Amin (Esperidião e Angela).

O próprio Bauer, que é o tucano ungido para a cabeça de chapa, deixou vazar este sentimento “das bases” do PSDB. Ou seja, ele está assumindo esta posição e acena para PSD e PP. Ele, aliás, que já foi vice-governador no último mandato de Esperidião Amin à frente do Estado (1999-2002).

 

Gelo

Os sinais de simpatia tucana pela pré-aliança PSD-PP-PSB vem no vácuo de um congelamento nas conversas entre Bauer e os líderes do grupo. Nos bastidores, comenta-se que cardeais do PSD e do PP consideram que o PSDB, além de dividido, está embarrigando o processo para valorizar o passe, perdendo o timing para se posicionar.

 

Com o MDB

O presidente estadual do PSDB, deputado Marcos Vieira, é o mais “emedebista” dos tucanos catarinenses neste momento. Não esconde a preferência pela parceria com a turma do Manda Brasa.

 

Cadeira na Alesc

Paulo Bauer usou a história política do Médio e Alto Vale para incentivar os tucanos locais a lançarem candidatos a deputado. No roteiro que fez por 11 cidades no fim da semana, lembrou que, nos anos 80, auge da sua representação política, a região chegou a ter três federais (Ivo Vanderlinde, Nelson Morro e Artenir Werner) e quatro estaduais (Waldomiro Colautti, Heitor Sché, Gervásio Maciel e Moacir Bértoli).

 

Ex-prefeito no páreo

Atualmente, o número é bem menor. A articulação de Bauer, que sabe melhor do que ninguém da necessidade de ter o maior número possível de candidatos a deputado, surtiu efeito. Em um almoço com lideranças tucanas, na última sexta-feira, em Rio do Sul, ficou definido que o PSDB precisa ter alguém na disputa por vaga na Assembléia Legislativa. Os participantes preferiram não revelar o nome, mas um ex-prefeito tucano da região é o mais cotado para encarar a missão.

 

Nominata

Gelson Merisio esteve sábado em Criciúma. Prestigiou a festa do empresário Guto Fretta, presidente do Grupo Angeloni. Os dois são amigos pessoais. Nas rodas de conversa e nos contatos com a imprensa, o pré-candidato ao governo reafirmou que seu projeto é irreversível. E deixou transparecer a nominata de sua preferência: Ele na cabeça, com dois ex-governadores, Raimundo Colombo e Esperidião Amin ao Senado; e o empresário joinvilense Ninfo König (PSB) de vice. A coluna vem projetando esta possibilidade desde o ano passado

 

Porém

Mas há outras alternativas na mesa que a coluna também já abordou em diversas oportunidades. Angela Amin poderia ser a candidata a vice-governadora na chapa de Gelson Merisio. O que agradaria sobremaneira o líder pessedista. Neste caso, não haveria espaço para outro Amin (Esperidião) na majoritária. E Ninfo König iria ao Senado.

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